Reurbanização da Coroa do Meio está orçada em R$ 15 milhões

Foto: Márcio Garcez (AAN)
Ruas da Coroa do Meio estão recebendo serviço de drenagem

No início do próximo ano, boa parte do bairro Coroa do Meio estará reformulada. Ruas estão sendo pavimentadas, uma nova avenida já foi construída, a prefeitura de Aracaju dará início à construção de uma nova escola e do Museu do Mangue. Porém o mais importante é que as palafitas deixarão de existir e as famílias serão transferidas para casas de alvenaria. O valor disso tudo? Cerca de R$ 15 milhões.

 

O presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, explica que 40% de toda essa obra, que também inclui a drenagem das ruas do bairro, está sendo financiada pelo Programa Habitar Brasil, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 

“Os outros 60% são recursos da prefeitura de Aracaju. O que inclui a construção de 600 casas para as famílias das palafitas, a drenagem de todo o bairro Coroa do Meio, a nova avenida, uma escola e o Museu do Mangue”, explica Ferrari. Em fevereiro do próximo ano, o serviço de drenagem deve estar todo concluído.

 

Foto: Márcio Garcez
Avenida Perimetral está pronta e será aberta em março de 2006
A avenida Perimetral, que vai ligar a rua Urbano Neto ao terminal de integração da Atalaia, já está pronta. Está sendo feito agora o calçamento e depois a Emurb construirá também uma rótula. Porém, a previsão para que ela seja aberta é março de 2006. “Não queremos abrir o trânsito agora para não atrapalhar o restante da obra”, acrescenta Ferrari.

 

PROBLEMAS – O projeto de reurbanização da Coroa do Meio teve início em 2003. Ferrari lembra que o bairro tinha três sérios problemas: ambiental, social e de infra-estrutura. As invasões avançavam no mangue do Apicum. “Tivemos várias discussões com o Ibama e o Ministério Público para encontrar soluções para o problema”, lembra o presidente da Emurb.

 

Na época, foram cadastradas 600 famílias, que viviam nas palafitas em situação sub-humana. “Um dos conceitos do nosso projeto é que as pessoas não saiam de onde sempre viveram. Isso implicaria em custo de transporte, mudança de escola, de emprego. E a maioria dos que vivem ali são pescadores e domésticas”, esclarece Ferrari.

 

Das 600 famílias cadastradas nas palafitas, 280 já foram transferidas para novas casas. O restante das casas estão sendo construídas. A prefeitura quer ainda montar uma unidade produtiva na região para gerar empregos. Os projetos, provavelmente, estarão voltados para a área de confecção e educação ambiental.

 

Sérgio Ferrarri diz que mangue também será recuperado
O terceiro problema é o que tanto a Coroa do Meio quanto o bairro Atalaia, apesar de concentrarem hotéis e serem zona turística, não tinham rede de drenagem nas ruas. Justamente por isso, existem tantas ruas não pavimentadas. “Assim que concluirmos o serviço de drenagem da Coroa do Meio toda a região poderá ser asfaltada”, garante Ferrari.

 

MUSEU – Uma das atrações do bairro, mas que ainda está sem previsão de ser construída, é o Museu do Mangue. A casa será toda em madeira e vai concentrar estudos sobre o mangue e os trabalhos de educação ambiental. A Fundação de Cultura e Arte de Aracaju (Funcaju) vai trabalhar lá em parceria com a universidade Federal de Sergipe.

 

Por Janaina Cruz

Da Redação do Portal InfoNet

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