Na assembléia, João Batista colocou as propostas em votação e disse que se a categoria não as aceitasse, iria para o dissídio coletivo. Quando os rodoviários afirmaram que decidiriam pela greve, ele se retirou do auditório do Sest/Senat. Foi o estopim. Gritando palavras de ordem como: “fora, fora, crocodilo, crocodilo”, a categoria seguiu o presidente do Sintra, que teve de ser escoltado até o carro, por policiais. “Eu não tenho o que falar num tumulto desses, apresentei as propostas. Agora a greve fica por conta deles e cada um fala o que quiser”, limitou-se João Batista. Do lado de fora, uma multidão uniu-se ao pessoal que estava na parte interna, clamando a presença de Adriano Oliveira e afirmando que este sim, Antes da assembléia, o presidente do Setransp, Carlos Amâncio afirmou esperar que tudo fosse resolvido nesta quinta-feira. “Essa é a quarta assembléia, esperamos que o reajuste seja definido”, disse. Insatisfação Motoristas e cobradores afirmam que a situação está cada vez pior. “Antes a gente ganhava cinco salários mínimos e agora a Fátima Teles da Silva estava visivelmente irritada. “Eu trabalho há 13 anos como cobradora de ônibus. Se tem um assalto, a gente é obrigado a pagar do bolso e quando recorremos a João Batista, a resposta é de que é assim mesmo, que tem que ter paciência e que ajuda a categoria. Como ele ajuda a categoria, fazendo tudo que os patrões querem?”, indaga. Após algumas horas de tumulto, os rodoviários decidiram fazer uma passeata até o Terminal de Integração do Distrito Industrial de Aracaju (DIA), para comunicar aos motoristas e cobradores a decisão da greve na segunda-feira, 23, a partir das 12h. O trânsito na Avenida Tancredo Neves ficou muito lento. De lá eles seguiram para a Câmara de Vereadores e definiram que no domingo, 22, realizam nova manifestação na Praça da Bandeira. Por Aldaci de Souza
A assembléia dos rodoviários, realizada na manhã desta quinta-feira, 19, foi uma das mais tumultuadas dos últimos tempos. O clima começou a esquentar do lado de fora do Sest/Senat. Isso porque grande parte de cobradores e motoristas não pôde entrar no prédio, sob a alegação de que “não cabia mais ninguém”. Categoria votou pela greve/Fotos: Aldaci de Souza (Infonet)
Dois sindicatos na briga: O Sintra, representado por João Batista e o Simco, representado por Adriano Oliveira. No meio, centenas de trabalhadores em busca de melhores salários. A proposta do sindicato patronal, o Setransp, é de aumento em torno de 6,5%, o Sintra estava propondo 6,24% e o Simco, em torno de 14%. Resultado: greve de motoristas e cobradores a
partir da próxima segunda-feira, 23.
Policiais tiveram que escoltar João Batista até o carro
era o representante da categoria. “A categoria não aceitou as propostas e deflagrou a greve em assembléia. Precisamos manter a calma para levar as reivindicações adiante”, afirma Adriano, acrescentando que a situação é delicada. Adriano ficou do lado de fora e comandou a passeata até o DIA
gente recebe apenas dois. Não dá para sobreviver. É de se lamentar a categoria ter como representante, um sindicalista que faz tudo que os patrões querem. Ele poderia pelo menos ter negociado 10%, que a gente aceitava, mas 6,24% não dá”, entende o motorista Francisco Luis. Fátima está revoltada com a situação
Passeata Passeata pela av. Tancredo Neves
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