A paralisação parcial dos rodoviários chegou ao segundo dia nesta sexta-feira, 15, com um grupo de funcionários das empresas de ônibus reunidos em sinal de protesto na Av. Marechal Rondon. Segundo a categoria, a reivindicação é pelo atraso de salários e alguns benefícios, como o ticket alimentação.

Em nota, o Setransp informou que as empresas do transporte coletivo que estão com as atividades paralisadas por seus funcionários permanecem buscando alternativas na tentativa de retomar as atividades. “Como proposta ao pleito dos trabalhadores, as empresas realizaram o pagamento de 50% dos salários que estão em atraso e a quitação do restante mais à frente após o retorno da prestação do serviço. As empresas também afirmam que embora a situação seja extrema, não procede a informação de decretação de falência”, informou a entidade.

O Setransp pontua que essa realidade é preocupante para todo setor de transporte pois afeta diretamente os passageiros, o trabalhador do transporte, a empresa empregadora e toda a sociedade em geral. “É o retrato do agravamento das dificuldades financeiras na pandemia, sem qualquer aporte extra tarifário, nem redução ou isenção de impostos e nem nenhum subsídio”, salienta.

O Sindicato diz ainda que o setor segue pedindo apoio às autoridades públicas para agirem em favor da sustentabilidade de um serviço que é um direto social. “Atualmente o setor emprega mais de três mil trabalhadores diretos através de sete empresas em Aracaju, e mais 2 mil indiretos, e é essencial para o deslocamento de mais de 70% da população todos os dias”, desataca.

SMTT

Em nota, A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju esclarece que está acompanhando as tratativas entre a empresa e seus colaboradores. “A SMTT entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema de transporte coletivo e foram colocados ônibus extras em operação para dar suporte as linhas afetadas pela paralisação. A SMTT vem cobrando do grupo uma solução rápida para que o sistema volte a operar normalmente, sem causar prejuízos a população”, reforça o órgão de trânsito.

por João Paulo Schneider