
A Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Aquicultura e Pesca (Semagri), finalizou a I Semana de Aquicultura e Pesca com o lançamento do Censo da Carcinicultura do município, na última sexta-feira, 07, uma iniciativa pioneira em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe (Seagri). Os dados apresentados, apontaram que a cidade de São Cristóvão possui 102 produtores de camarão e uma área de 255,5 hectares de produção.
O diagnóstico tem como objetivo apresentar um panorama completo sobre a atividade de criação de camarão no município, reunindo informações essenciais para o fortalecimento e desenvolvimento do setor. De acordo com o secretário da Semagri, Edmilson Brito, a parceria entre os poderes municipal e estadual na iniciativa possibilitou traçar o perfil dos carcinicultores e da produção em São Cristóvão, sendo que o município, atualmente, é o terceiro maior produtor de camarão no estado e com esses novos dados, há a possibilidade de subir neste ranking.
“Já tínhamos uma produção anual de cerca de 400 toneladas. Com estes novos dados, concluímos que estamos produzindo aproximadamente 700 toneladas ao ano de camarão, ou seja, é um avanço significativo, e isso representa mais renda para os produtores, mais arrecadação para o município e a geração de novos empregos e oportunidade de trabalho de forma direta e indiretamente na cidade”, reforçou Edmilson.
De acordo com a engenheira de pesca da Seagri, Renata Rodrigues, o projeto planejado e executado em parceria com a Prefeitura, teve a finalidade de conhecer o perfil, a realidade dos carcinicultores locais e entender quem são eles, como desenvolvem suas atividades e quais são suas principais demandas. “A ideia foi reunir e sistematizar dados que possam subsidiar a criação de projetos e políticas públicas voltadas ao fortalecimento do setor, que é estratégico para São Cristóvão. O município é costeiro, banhado por bacias hidrográficas, o que faz da pesca e da aquicultura atividades fundamentais para sua economia”, destacou.
No diagnóstico, foram contabilizados 102 produtores ativos na atividade de carcinicultura, sendo a maioria localizada na região do Apicum Merem e no povoado Ilha Grande. Ao todo, são 255,5 hectares de área produtiva, que geram, de forma direta e indireta, 352 empregos. Em relação à comercialização, o preço médio do quilo do camarão é de aproximadamente R$ 17, resultando em uma receita anual superior a R$ 12 milhões. A atividade pesqueira em São Cristóvão é um verdadeiro agente de desenvolvimento, promovendo inclusão social, geração de renda e o fortalecimento da economia costeira.
Segundo o prefeito da cidade, Júlio Nascimento, São Cristóvão é a primeira cidade em Sergipe a divulgar o Censo da Carcinicultura, um marco que vai permitir planejar de forma estratégica, segura e alinhada políticas que condizem com a realidade dos produtores. “Com esses dados, poderemos monitorar o desenvolvimento do setor, fazer correções de rota quando necessário e fortalecer a relação de confiança entre o poder público e os produtores. Esse é um projeto essencial, construído de forma colaborativa, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico sustentável, melhorar a qualidade de vida da população e equilibrar o crescimento com a preservação ambiental”, contextualizou.
Na visão do carcinicultor, Thadeu Rosa, a ampliação do setor deve estar focada na ampliação da produção, o que vai tornar a carcinicultura mais rentável e competitiva. “Por isso, esse trabalho conjunto na formulação do Censo é de fundamental importância. Ele é o primeiro passo de um processo maior. Ainda temos muitas etapas a vencer, mas tudo começa com o Censo, que permite conhecer a realidade e entender como está a situação da carcinicultura no município”, concluiu.
Fonte: Prefeitura de São Cristóvão
