Sapateiros ficam sem trabalhar com retirada das bancas

Reginaldo e João estão sem trabalhar, esperando uma posição por parte da Emsurb

Sapateiros reclamam da falta de atenção, por conta da Emsurb, para resolver o problema de espaço para que eles possam trabalhar. “Eles estiveram aqui na quinta-feira passada [13], e avisaram que tínhamos que retirar as bancas na segunda [17], se não seriam apreendidas. Hoje tem oito dias e nada foi resolvido, eles simplesmente não nos atende”, reclamou o sapateiro Reginaldo Correia da Silva de 39 anos e que há 23 anos trabalha na Travessa Baltazar Góes, atrás do hotel Palace.

Segundo Reginaldo, 12 sapateiros trabalham no local, mas apenas um tem autorização para manter a banca no lugar. “Não entendo porque apenas um tem essa autorização e justamente o mais novo no local?”, questionou Reginaldo.

Os sapateiros alegam que no início da semana, estiveram na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), onde assinaram um documento, mas até o momento nada foi feito. “A informação que temos é que eles vão esperar passar o Pré-caju, para depois resolver o que fazer com a

Manoel Martins diz que o espaço deveria ser padronizado
gente. Enquanto isso, nós ficamos parados, de braços cruzados e sem ter de onde tirar dinheiro. Somos pais de família e só queremos trabalhar”, pontuou Manoel Alex Souza, sapateiro do local.

Para seu João Rocha de 48 anos, a atitude tomada por parte da Emsurb, desrespeita os sapateiros, que tem a atividade como único sustento da família. “Eles não estão pensando no nosso lado, temos que trabalhar para sustentar a família. Fui um dos primeiros a chegar aqui, tenho mais de trinta anos de profissão e quero o mínimo de respeito”, alegou João.

Os sapateiros alegam, que durante alguns anos pagaram taxas mensais, mas depois de um tempo, deixaram de receber tais cobranças. “A cada governo, eles mudavam o sistema, nós até entendemos que a situações deve ficar legalizada. Então porque eles não constroem box aqui, para padronizar?Outras capitais são assim, os sapateiros tem os espaços de trabalho, por que aqui não é assim?Questionou o sapateiro Manoel Martins de 42 anos de idade, que mesmo com a proibição, foi para o local realizar alguns trabalhos sem armar a banca.

Agnaldo questiona o porque da não autorização, em anos de eleição.
Quem também levantou diversos questionamentos em relação a situação foi o sapateiro Agnaldo dos Santos Silva. “Porque será que isso só acontece em período eleitoral? Será que dessa vez o prefeito Edvaldo Nogueira virá até aqui apertar nossa mão, como fez na campanha para prefeito? Indagou o sapateiro.

Agnaldo também ressaltou que a Emsurb alegou que os sapateiros não procuraram o órgão para regularizar a situação. “Eles dizem que nós não procuramos, mas o problema é a falta de organização deles. Tem gente aqui com mais de 20 anos e não tem liberação, outro com menos de um ano e meio é autorizado, isso é um absurdo”, falou indignado o sapateiro.

Emsurb

Segundo a assessora de comunicação Mayusane Matsunae, os sapateiros terão que esperar a avaliação dos pedidos de autorização. “ Gostaria de frisar que levamos em consideração o cumprimento da legislação municipal, que diz que o comerciante deve ter autorização da prefeitura para comercializar em espaços públicos”, pontuou.

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