Saúde e educação paralisam atividades por dois dias

José Augusto Couto: falta material nos hospitais
Os servidores da saúde e os professores estaduais durante todo o dia de hoje e amanhã, 10 de maio, estão realizando uma paralisação de advertência. Nesse período os hospitais de Sergipe devem estar funcionando com apenas 30% de seu efetivo. Segundo José Augusto Couto, presidente do Sindicato dos trabalhadores da Saúde (Sintasa), uma triagem deverá ser feita para que sejam atendidos somente os casos de urgência e emergência.

Augusto explica que há algum tempo o Sindicato já vinha conversando com o Governo tempo e mostrando as dificuldades que o setor da saúde vem enfrentando no Estado. “Nós apresentamos uma proposta salarial, sentamos para conversar, mas o Governo não colocou nenhuma proposta material”, disse o presidente do Sintasa, que acrescenta que no Hospital João Alves Filho falta gases, álcool, algodão dentre outros materiais fundamentais ao bom atendimento dos pacientes.

“Esta é uma paralisação de advertência. Estamos preocupados com a população, mas o Governo nos forçou a isso. Nós já estamos vivenciando essa situação de caos total, que ocorre dentro Hospital João Alves há muito tempo. Contudo, queremos garantir a população que estaremos mantendo os 30% de atendimento de acordo com o que manda a lei” declarou Augusto, frisando que a paralisação não é só por questão salarial, mas também pelo paciente e melhores condições de atendimento.

Segundo o presidente do Sintasa,  os servidores estaduais da saúde estão reivindicando o plano de cargos e carreira e uma complementação salarial, pois segundo ele existem funcionários do setor que ganham R$ 200,00 líquido. “ A nossa reivindicação neste momento é complementação salarial e melhores condições de trabalho”, reafirmou Augusto. 

Joel Almeida: busca por reajuste que supere perdas causadas  plea inflação
PARALISAÇÃO CONJUNTA – E os servidores da saúde não estão sozinhos nesta empreitada. Junto com eles paralisaram também as atividades, durante os dias de hoje e amanhã, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Síntese). Segundo Joel Almeida, presidente da entidade,  há cerca de um mês eles enviaram ao Governo um oficio solicitando uma audiência para discutirem os pontos da Campanha Salarial 2005.

Almeida explica que como não obtiveram uma resposta sobre a audiência, um novo ofício foi enviado no último dia 19 reafirmando a solicitação antes feita. O presidente do Sintese informou que, mais uma vez, não obtiveram resposta. Somente na última terça-feira, 3 de maio, eles tiveram uma audiência com o secretário de Estado da Educação, Lindberg Lucena, que afirmou que uma comissão foi montada para analisar a pauta de reivindicações e que até o final desta semana, no mais tardar o início da próxima, a Seed apresentaria um contra proposta aos professores.

“Na realidade desde que assumimos a Secretaria nós abrimos as portas para o Sindicato. De início pedi uma reunião com a diretoria da entidade e fui muito bem recebido. Não fui destratado, nem destratei ninguém. Afinal de contas, estamos vivendo num regime democrático de direito. Nós formamos uma comissão para analisar a pauta de reivindicação apresentada pelo Sintese e até o final dessa semana apresentar um contra proposta”, disse o secretário de Estado da Educação, que afirmou que diante de tal postura da Secretaria estranhou a paralisação, ao passo que garantiu que a mesma não prejudica em absoluto as negociações. 

O presidente do Sintese explica que a paralisação é uma forma de advertir o Governo com relação a situação do magistério do Estado. “Nós não seremos humilhados e agredidos. Há três anos que o reajuste salarial nem supera ao acúmulo da inflação. Nós já estamos conversando com os servidores das demais órgãos e autarquia, com os policiais militares e civis para acumular forças. Somos nós que fazemos o dia a dia do serviço público desse Estado e esperamos que o governador nos receba’, finalizou Almeida.

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