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Bosco e Nitinho discutiram na porta da Prefeitura (Fotos: Portal Infonet) |
Com colchões, lençóis e algumas peças de roupas, moradores do bairro Santa Maria, zona sul da capital, acamparam na madrugada desta quarta-feira, 18, em frente ao Centro Administrativo José Aloísio Campos. A parte externa do prédio da prefeitura ficou tomada de crianças, idosos e adultos que afirmam não ter para onde ir, após a demolição de barracos da invasão do Arrozal.
A situação desumana das pessoas que dormiam na porta do Centro Administrativo causou um bate boca entre o secretário municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) e o vereador Josenito Vitale, o Nitinho (DEM/SE).
O vereador pediu transparência com relação ao cadastro de famílias que receberam ou irão receber o auxilio moradia da prefeitura. Nitinho foi enfático ao criticar a condição do bairro 17 de Março. “O bairro é novo, mas os problemas são antigos. Construíram uma obra arrumada e jogaram os antigos problemas para debaixo do tapete. O
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A discussão foi presenciada pelos moradores |
bairro não tem estrutura, não tem um Cras [Centro de Referência da Assistência Social], uma creche, nem um posto de saúde e nem uma igreja. Lá não tem nada”, criticou.
O secretário Bosco Rolemberg que saiu do gabinete para atender aos manifestantes rebateu os questionamentos do vereador e a discussão foi acalorada. Bosco explicou que os benefícios que estão sendo concedidos pelo município são feitos de forma transparente e que muitas famílias não moravam na invasão e estavam apenas tentando se aproveitar para ganhar uma casa.
“Todos os moradores que tiverem em situação de risco terão direito ao auxílio moradia”, frisou o secretário que explicou que toda situação irregular de venda de casas já estão sendo investigadas. “As pessoas que deram declarações falsas serão punidas”, disse.
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As famílias foram levadas para um galpão no bairro Jabotiana |
Os moradores que observavam a discussão lembraram que a situação é preocupante e que é preciso fazer algo concreto. “Estou aqui porque preciso, sou moradora da invasão há oito meses e agora depois que os barracos foram derrubados não tenho para onde ir”, retrucou Edna Maria Melo.
Os moradores que estavam acampados foram encaminhados para um galpão, localizado no bairro Jabotiana. De acordo com a Assistência Social e Cidadania todos terão situação avaliadas e será feito um cadastro dos necessitados.
Por Kátia Susanna
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