Segue julgamento dos acusados pela morte de Carlos Gato

O promotor Emérson Oliveira Andrade

Dos quatro acusados pela morte do sindicalista Carlos Gato em 2001, dois estão sendo julgados nesta sexta-feira, 6, na 8ª Vara Criminal do Fórum Gumercindo Bessa em Aracaju. José Nílton dos Santos e Valmir dos Santos Souza que é cabo da Polícia Militar são acusados de auxiliar na morte do sindicalista. Já os acusados de mando do crime de homicídio qualificado, o ex-prefeito de Cristinápolis, Elizeu dos Santos e o ex-prefeito de Tomar do Geru, Gildeon Ferreira Santos ainda irão a julgamento.

O promotor de justiça, responsável pela acusação, Emérson Oliveira Andrade informou que os dois réus acusados no julgamento de hoje aparecem como auxiliares no crime.

Carlos Gato foi assassinado em 2001 (Foto: Arquivo Portal Infonet)

“O José Nílton e o cabo Valmir teriam ajudado para a consumação do delito. Pela denúncia, eles não praticaram a execução, mas auxiliaram. A indicação é que o primeiro acusado, o José Nílton teria feito a contratação dos pistoleiros e o cabo Valmir teria auxiliado a localização da vítima, o Carlos Gato, vereador na época. Ainda vão ser ouvidas as testemunhas em plenário e existem documentos nos autos, quem vai apreciar isso são os jurados e após a instrução em plenário ocorreram os debates entre acusação e defesa e por fim as testemunhas vão dar o seu veredicto”, informa.

De acordo com o promotor os pistoleiros contratados para o crime teriam sido mortos ainda na época do homicídio. “Há notícia de que os pistoleiros contratados para o crime teriam sido mortos logo após praticar o ato. Hoje há uma audiência marcada na cidade de Arauá e já consta a instrução com relação aos mandantes. Esses apontados como mandantes tinham foro privilegiado na época, assim que eles saíram do exercício de chefia do executivo, o Tribunal corretamente devolveu o processo para o juízo de primeiro grau que está processando os demais envolvidos”, conta.

Para o advogado de defesa dos acusados, Emanuel Cacho, as provas da participação dos dois réus é frágil. “É uma acusação sem provas, eles tem o álibi para o dia do fato e pelo simples fato de morar em Tomar do Geru e de trabalhar na prefeitura veio essa acusação, mas é uma acusação muito frágil, o conjunto da prova é muito frágil, inclusive com provas substancias com álibi, eles estavam em locais diversos daquele onde aconteceu o fato”, ressalta.

O crime

Carlos Alberto Santos de Oliveira, conhecido como Carlos Gato era um crítico do trabalho infantil nos Laranjais da região Centro Sul do Estado. Ele foi assassinado em setembro de 2001 com 10 tiros em um bairro da periferia do município de Pedrinhas. À época o crime ganhou notoriedade no mundo e representantes de diversas entidades de direitos humanos vieram a Sergipe comprovar a situação das crianças e então elas foram inseridas no programa de erradicação do trabalho infantil.

O Portal infonet continuará acompanhando o julgamento informará o veredicto final do júri no julgamento pela morte de Carlos Gato.

Por Bruno Antunes

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