Selo do Unicef incentiva potencialidades do semi-árido

Na tarde desta segunda-feira, dia 21, prefeitos e representantes de 36 municípios sergipanos, localizados no Semi-Árido do Estado, conheceram detalhes sobre o programa “Pacto Nacional ‘Um Mundo para a criança e o adolescente do Semi-Árido’”, organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A proposta é, na realidade, uma articulação política com a sociedade civil organizada e os governos Federal, estaduais e municipais e tem como objetivo incentivar uma nova maneira de olhar e entender a região, onde estão localizados 1.444 municípios brasileiros.

O encontro aconteceu no Palácio de Despachos e contou com a presença da vice-governadora do Estado, Marília Mandarino, com a representante da Fundação Abrinq, Abigail Silvestre Torres, com a secretária de Combate à Pobreza, Selma Mesquita, e com o chefe do escritório da Unicef para Bahia e Sergipe, Rui Pavan. Segundo Pavan, o convênio entre os 11 Estados que integram o semi-árido brasileiro (os nove da região Nordeste mais Minas Gerais e Espírito Santo) foi assinado em junho do ano passado. Hoje, os municípios tiverem acesso a informações mais pormenorizadas da proposta e sobre a metodologia que será utilizada na execução do mesmo.

 

“Hoje, acontece a consolidação do pacto em Sergipe. Ele já foi assinado pelos governadores, inclusive o governador João Alves Filho foi um dos primeiros a aderir, e representa um compromisso do poder público e da sociedade pelo semi-árido. Através dele, queremos mostrar um olhar diferenciado do Brasil todo sobre a região. As pessoas precisam saber que o semi-árido não é mais um local de esmolas e de cestas básicas, mas sim um de execução de políticas públicas de qualidade e de transformação da vida, e da realidade, das crianças e dos adolescentes que lá vivem”, destaca o técnico da Unicef.

 

A proposta do pacto é simples: será implantada uma metodologia que permitirá a avaliação e o monitoramento dos indicadores da qualidade de vida das populações que vivem na região. Com estes dados na mão, tanto os governo como as próprias organizações não governamentais que participam do programa, poderão, segundo o Unicef, avaliar de forma concreta o retorno dos investimentos públicos que são feitos nos municípios e qual o impacto dos mesmos nas vidas das populações que vivem nestes locais. Paralelamente, o Unicef também está lançando o “Selo Unicef Município Aprovado”.

 

“Nós queremos oferecer aos municípios que conseguirem melhorar os indicadores um selo, que é um prêmio de reconhecimento, para que eles possam entrar neste jogo e criar uma competição sadia. Claro que isto tudo será dentro de uma metodologia muito bem estudada, que foi cuidadosamente pensada já com a experiência que a Unicef tem deste mesmo trabalho no Estado do Ceará, que foi o laboratório, com sucesso, do programa que agora nós estamos estendendo para os quase 1500 municípios do semi-árido brasileiro”, explica Pavan, que também informou que a cada dois anos os municípios que cumprirem as metas receberão o Selo, e o conseqüente reconhecimento público, pelos resultados alcançados.

 

No dia 7 de abril, a Unicef, juntamente com parceiros do setor privado, estará realizando um grande show de lançamento do Selo, às margens do Rio São Francisco, entre os municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Participam do evento artistas como Zé Ramalho, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Lenine e o humorista Renato Aragão. A expectativa é de que o show reúna mais de 100 mil pessoas. No dia anterior, 6 de abril, acontece um workshop e uma feira de experiências mostrando a potencialidade da região e iniciativas que deram certo. “O que nós queremos, objetivamente, é mudar a imagem que o brasileiro tem sobre a região. Nós estamos tomando esta iniciativa muito mais pelo potencial que o semi-árido tem, de se transformar, do que pela sua problemática”, acrescenta Pavan.

 

Após a data do show, os prefeitos do semi-árido receberão uma correspondência da Unicef explicando qual será a metodologia aplicada na concessão do selo. “Eles serão convidados, através da carta, a aderir oficialmente ao programa. Se aceitarem participar, serão visitados posteriormente por técnicos do Unicef e dos governos estaduais que lhes dirão os aspectos do convênio. Eles passarão a saber quais os indicadores que deverão ser melhorados e o prazo que eles têm para fazer isso. Evidente que para melhorar estes indicadores vão precisar de políticas publicas melhores, mas esta parte já compete ao Governo Federal, Estadual e Municipal”, afirma o chefe do escritório da Unicef.

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