Sem proteção, população espera sentada por abrigos

A autônoma Denilza Mateus espera sentada pela condução e novos abrigos (Fotos: Portal Infonet)

Passageiros que utilizam o transporte público da capital encontram dificuldades ao esperar pela condução. Como se não bastassem à superlotação e a demora dos ônibus, eles têm ainda que enfrentar a má conservação dos abrigos de ônibus espalhados pela cidade ou até mesmo a falta deles.

Apesar de alguns pontos não possuírem assentos, iluminação ou até mesmo cobertura para proteger os passageiros, o jeito é sentar na calçada ou meio fio e esperar à hora em que o coletivo vai passar.

Debaixo de chuva e sol, usuários não encontram outro meio para que o transtorno gerado durante a espera seja minimizado. Apesar da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), já ter dado início a troca de alguns abrigos localizados em diversos pontos da Capital, muitas são as reclamações por parte dos moradores.

Passageiros tem que esperar em pé pelo transporte

Em menos de quinze dias, o Portal Infonet noticiou a queda de duas coberturas de pontos em bairros distintos da capital, que por pouco, não acabou em uma tragédia. O primeiro ocorreu no dia 21 de outubro do ano passado, em um ponto turístico da Capital, na Praça Olimpio Campos, o outro, no dia 31 do mesmo mês em frente a um supermercado localizado na avenida Osvaldo Aranha.

Apesar do acontecido, a expectativa de muitos trabalhadores que utilizam o transporte público municipal era que após o incidente, os abrigos fossem recolocados ou substituídos pelos novos, mas isso não ocorreu.

A reportagem do Portal Infonet voltou aos mesmos locais em que houve a queda das coberturas para ver o que havia sido feito. O que se viu foram pontos de ônibus sem coberturas. No local, há apenas uma placa indicando que ali continua sendo parada de ônibus.

Com uma criança no colo e sentada no meio fio da calçada, a autônoma Denilza Mateus, espera com paciência a chegada do coletivo. “Está complicada a nossa situação e no período da manhã a coisa piora. Final de semana tem dias que espero 1h pelo transporte aqui. O jeito é sentar na calçada, no sol quente e esperar”, conta.

Ponto de ônibus apenas com a indicação de parada do transporte 

Quem também se disse indignado com a situação foi o ajudante de pintura, Josival Ezaltino dos Santos. “É precária a situação de quem depende do transporte público. É o dia inteiro nessa luta, no sol quente e muita espera. Se der um chuvisco, a situação se complica, já que não existe mais a cobertura. Pagamos uma tarifa cara, mas não somos atendidos como merecemos”, desabafa o passageiro.

Novos Abrigos

Questionado sobre como anda o processo licitatório para a realização da troca dos pontos de ônibus da Capital, o Diretor do Departamento de Planejamento e Sistemas (DPS) da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Fernando Nunes, esclareceu que o processo está sendo realizado com a Caixa Econômica Federal. “Estamos com o projeto sendo avaliado por eles, para a construção de cerca de 680 abrigos, em um valor estimado de R$ 7 milhões. Alguns modelos de abrigos nós já colocamos na cidade como piloto, observando se há algum defeito, a demanda da população, para ver se esta está satisfeita com o abrigo. Agora estamos usando dois modelos como piloto, um instalado nos shoppings e outro implantado na Av. Rio de Janeiro, próximo ao Hiper Sales. Neste processo nós ouvimos a população e adequamos o projeto, até que ele seja totalmente ajustado”, diz.

Josival dos Santos 'Pagamos uma tarifa cara, mas não somos atendidos como merecemos'

Sobre os critérios utilizados pela SMTT para a instalação de um ponto de ônibus na cidade, o diretor Fernando Nunes esclareceu que o primeiro passo é o órgão ter a informação que uma nova linha ou roteiro de ônibus serão abertos. Faz-se a avaliação de onde há maior concentração de pedestres, geometria da calçada e providencia-se a parada. “E também tem a própria demanda da população, que solicita a implantação de novos pontos. A população identifica os locais onde o fluxo de pedestres é intenso e passa esta demanda para nós. Vamos ao local, fazemos o estudo do número de pessoas que aportam no local, das dimensões da calçada e implantamos esta parada”.

Para a recolocação dos pontos da Avenida Osvaldo Aranha (em frente ao Hiper Norte) que desabou dia 31 de outubro de 2011 e o da Praça Olímpio Campos que desabou dia 21 de outubro de 2011, o diretor informou que “Dependemos da verba da Caixa para a reinstalação e reforma dos pontos de ônibus da cidade. Estes dois pontos citados são pontos que estamos tendo uma atenção especial estamos tentado com a Prefeitura recursos para viabilizar a implantação destes dois abrigos e de alguns outros na 13 de Julho, na Atalaia e no Centro locais de grande demanda”, garante.

Utilize o espaço comentários e deixe a sua opinião sobre a falta de abrigos. Você também pode encaminhar a sua reclamação para o jornalismo@infonet.com.br.

Por Aisla Vasconcelos

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