Desde segunda-feira, cerca de 450 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de Sergipe estão ocupando a sede do Incra no Estado. O ato tem como objetivo reivindicar sete acordos estabelecidos com governo federal na Marcha Nacional pela Reforma Agrária, acorrida em maio deste ano.
Segundo as informações passadas por Reginaldo Almeida, membro da direção regional do MST, eles estão aguardando o resultado das negociações em Brasília, que continuam durante o dia de hoje. “Ontem teve uma reunião com os ministros, mas as negociações não avançaram. Uma outra rodada de conversa foi marcada para hoje de manhã”, explicou Almeida.
O diretor do Movimento disse ainda que paralelo as conversas em Brasília eles estarão tendo uma reunião com Luiz Gonzaga, chefe da Divisão Técnica do Incra, e com a equipe do mesmo. O objetivo é discutir a vistoria das propriedades que tem vistas de serem desapropriadas com fins ao assentamento do Sem Terra. Reginaldo Almeida informou por fim que os integrantes do MST não têm previsão para deixar a sede do Incra.
MOVIMENTO – A ação realizada em Sergipe é parte de uma movimentação nacional na qual mais 20 prédios do Incra, em todo o país, foram ocupados pelos Sem Terra. Cerca de 14 mil integrantes do MST participam do ato.
Dentre as promessas feitas pelo governo federal estão o assentamento de 400 mil famílias em todo o país, até o ano que vem, concessão de linha de crédito especial para os assentados, distribuição de recursos para as agroindústrias e de cestas básicas mensais para os acampados.
Em Sergipe, segundo a direção estadual do movimento a meta do Incra era assentar cerca de duas mil famílias este ano. Mas até agora, somente 370 famílias receberam o título de posse de terras improdutivas. Outras 12 mil famílias no Estado continuam em acampamentos, morando embaixo de lonas a espera de um terreno para sobreviver.
