Sergipano tem gastado mais com segurança

Estatísticas são dispensáveis para afirmar que a segurança pública não consegue combater fortemente a violência nas cidades brasileiras. Em Sergipe esta realidade não é diferente, fazendo movimentar um segmento da economia que cresce cerca de 10% ao ano no país: o da segurança particular.

Moradores adaptaram guarita em uma rua
O sentimento de insegurança é grande e os meios que compõem o ‘exército caseiro’ são diversos. Cercas elétricas, vigilantes noturnos, cães ferozes e câmeras de monitoramento são alguns dos artifícios presentes em casas, lojas, condomínios e ruas.

 No conjunto Santa Lúcia, em Aracaju, a população de determinada rua aderiu ao serviço de vigilância há quase uma década. “Somos três vigias e trabalhamos 24 horas por dia aqui há nove anos. Quase toda a população da rua nos paga uma taxa mensal de R$ 50 e ficamos alerta a qualquer movimento suspeito”, disse o vigilante Alex Rodrigues. Morador da rua, João da Cruz afirma que dá para dormir mais tranqüilo. “Logo quando viemos morar aqui a marginalidade era freqüente. Acredito que a presença deles inibe a ação da violência”, falou.

Taxas de condomínios

Câmeras de monitoramento na entrada do condominio
Em diversos condomínios residenciais da capital sergipana, equipamentos de segurança são tidos como essenciais. Em um deles, na zona sul, os gastos apenas com manutenção representam 3% da arrecadação total. “É um dinheiro bem investido diante da realidade de hoje”, opina a moradora Renata Silva.

A síndica Eliane Brito revela ainda que a aquisição de novas câmeras para elevadores, corredores e guarita deve elevar a taxa condominial em 8%. “O circuito interno visa eliminar pequenas ocorrências que já existiram, como invasões, e prevenir situações drásticas”, disse Eliane, que salientou a aprovação e anseio dos moradores para tal instalação.

Lucro

Clique para ampliar / Dados: Fenavist
O clima de falta de segurança aquece a ‘indústria do medo’ em Sergipe, seguindo uma tendência nacional. De acordo com os dados mais recentes fornecidos pela Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Sergipe foi o segundo Estado nordestino que mais cresceu no segmento de segurança privada, perdendo apenas para o Piauí.

Em 2005, as empresas sergipanas do setor faturaram cerca de R$ 70 milhões e empregaram uma média de 2.300 vigilantes dos 382 mil cadastrados nacionalmente. O estudo da Fenavist ainda revelou que São Paulo é o campeão nacional neste ramo econômico.

A diretoria de uma grande empresa sergipana do setor confirmou a tendência de crescimento e revelou que a contratação destes serviços teve um aumento considerável se comparada há cinco anos.   

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida

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