Sergipanos lembram de Joel Silveira

Luiz Antônio Barreto
Morreu na manhã desta quarta-feira, 15, em sua residência no Rio de Janeiro, o escritor e jornalista lagartense Joel Silveira, 88. Ele apresentava um quadro de anemia profunda, e sofria há anos de câncer na próstata, além de carregar consigo um tumor, que de acordo com um de seus três filhos, Elizabeth Silveira, preferiu nunca ter feito o tratamento.

O Portal Infonet conversou com sergipanos que conviveram com o jornalista durante sua vida tanto aqui em Sergipe quanto no Rio de Janeiro.

O historiador Luis Antonio Barreto conheceu o jornalista aqui em Sergipe. “Conheci muito ele. Quando fui morar no  Rio de Janeiro ele sempre ia me visitar. Ou aqui, em meu escritório, quando ele era secretário de Estado. Me ajudou muito quando eu realizei a reunião da obra do Tobias Barreto. Ele chegou a ser o representante no Rio com o Ministério da Cultura”.

Seixas Dória
Na visão do ex-governador sergipano, Seixas Dória, Joel foi o maior  repórter brasileiro de todos os tempos, devido ao seu “talento,  brilho, espírito puro e seriedade com a realidade do país”. “Só para  se ter idéia da impressionante qualidade dele, perguntaram certa vez ao jornalista David Nasser sobre quem era o melhor do país. Ele respondeu que os três primeiros era Joel, e o quarto ele próprio”, comenta.

Histórico

Joel Silveira foi um dos precursores nacionais do Jornalismo Literário (Literatura não-ficcional) tinha mais de 60 anos de carreira no jornalismo. Iniciou em Lagarto com a publicação de um jornal local e militância política no Colégio Atheneu Sergipense, na capital. Mudando-se para o Rio de Janeiro em 1937 para trabalhar em publicações como O Cruzeiro, Diretrizes, Última Hora, Correio da Manhã, O Estado de S. Paulo e a revista Manchete.

Ele também ficou famoso pelo apelido “víbora”, que recebeu pelo jornalista e empreendedor Assis Chateaubriand (o Chatô), quando entrava para a corporação de imprensa do Diários dos Associados. Cobriu a Segunda Guerra Mundial, na Itália, junto à Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante nove meses e 11 dias no front. O resultado foi a publicação “O Inverno da Guerra”, em 2005. Além deste, o jornalista lançou mais de 20 publicações, entre obras jornalísticas e ficcionais. 

Entre os prêmios que recebeu estão: Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra; Líbero Badaró; Esso; Jabuti; e Homenagem da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A pedido do jornalista, não ocorrerá velório, com cerimônia de cremação amanhã, 16, no crematório da Santa Casa de Misericórdia. A despedida será iniciada às 14h.

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