É então que se vê que o Secretário da Educação, o prof. José Fernandes de Lima, não nada contra a maré, quando quer emplacar o seu projeto “Sergipe Alfabetizado”. Ele detectou que existem no Estado 284.159 analfabetos, ou seja, pessoas que não dominam as habilidades de leitura, interpretação de pequenos textos, escrita e das operações fundamentais da matemática.
É uma situação crítica que levará anos para ser combatida, mesmo porque há municípios onde a situação é ainda mais crítica, como em Nossa Sra. Aparecida, Poço Redondo e Santa Luzia do Itanhy, que possuem as maiores taxas de analfabetismo. O projeto “Sergipe Alfabetizado” não apenas pretende alfabetizar pessoas, mas eliminar uma das causas que o alimenta: a regressão por falta de continuação dos estudos.
Os diferenciais do projeto é atacar o problema simultaneamente, alfabetizando uma grande quantidade e eliminar os fatores que o alimenta. A meta é alfabetizar 120 mil pessoas nestes quatro primeiros anos, a uma média de 30 mil por ano. Serão formadas 1.200 turmas para dar conta do volume de pessoas. A logistica necessária a implantação do programa virá através de convênios com as prefeitura.
Mas não é um programa barato – nem caro, se levarmos em conta os objetivos. O projeto ora em mãos do Secretário José Fernandes de Lima prevê investimentos, este ano, na faixa de 7 milhões de reais – dos quais, quase 2 milhões e meio, ele já tem garantido. É possível, o prof. Lima acha que sim, que o que falta vai conseguir do governo federal. O programa precisará de 1.200 professores, 121 orientadores pedagógicos e 20 coordenadores de pólos para a implementação do projeto. Todos eles passarão por curso de capacitação.
Por Ivan Valença
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