Sergipe tem 26 pontos vulneráveis a exploração infantil

Inspetor esclarece questões sobre o tema (Fotos: Portal Infonet)

O estado de Sergipe tem 26 pontos vulneráveis a exploração sexual infanto-juvenil. O mapeamento foi lançado recentemente e aponta que 11 municípios são o foco de aliciadores. Os locais utilizados pela rede de exploração, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), são ermos, afastados, onde há aglomeração de caminhoneiros e consumo e venda de drogas e bebidas.

Apesar de haver um aumento na quantidade de pontos, o inspetor da PRF, Anderson Sales, explica que não há, necessariamente, aumento da exploração. Ele explica que este ano em Sergipe não foi registrado nenhum caso e nenhuma prisão de aliciadores.

O mapeamento dá conta que os municípios de Malhada dos Bois, Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana, Areia Branca, Carira, Estância, Santa Luzia do Itanhy, Umbaúba, Laranjeiras, Carmópolis e Maruim são os alvos da rede de exploração. Com relação aos pontos vulneráveis, a PRF explica que eles migram facilmente por conta da atuação dos agentes da polícia.

Interiorização

PRF atua contra exploração sexual infanto-juvenil

Uma tendência da prática dos aliciadores é a interiorização dos pontos. A explicação, segundo o inspetor Sales, é a estrutura fragilizada dos municípios do interior do estado. Outro fator que contribui para a exploração de crianças e adolescentes é a condição social de algumas famílias.

“O crime é ligado diretamente a condição social. As crianças exploradas socialmente  são fruto de classe social baixa”, relata Sales. Ele comenta que em muitas vezes as famílias chegam a vender as filhas e que elas têm conhecimento da exploração sexual. Além disso, fatores como evasão escolar, falta de estrutura familiar e o consumo de drogas contribuem para o envolvimento de crianças e adolescentes nesta situação.

Tráfico de pessoas

O aliciamento infanto-juvenil nos casos de exploração sexual também está ligado em alguns casos ao tráfico de pessoas. O inspetor Sales explica que os aliciadores transportam crianças e adolescentes de um estado para o outro para dificultar a ação do poder público.

Mapeamento

O trabalho da PRF é realizado com o apoio da Secretaria dos Direitos Humanos da presidência da república e da ONG Childhood. Segundo a polícia, as entidades são suporte científico ao trabalho da PRF, que lança estratégias de enfrentamento.

“Sobre o mapeamento dos pontos, ele serve de alerta não só para a polícia, como também para a rede de proteção”, comenta Sales. Ele disse que quando a polícia vai a público para divulgar os pontos vulneráveis ao aliciamento é para alertar as redes de proteção para que vá até os locais. “Se todo mundo fizer seu papel, o problema diminui”, acrescenta.

De acordo com o inspetor, a proposta para 2015 é expandir o mapeamento para as rodovias e estradas do interior. O objetivo é reduzir cada vez mais a incidência dos casos de exploração infanto-juvenil.

Por Monique Garcez

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