Servidores da Cohidro cruzam os braços

Servidores cruzaram os braços no pátio da empresa
Servidores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira, 21. A categoria terá os salários cortados a partir do próximo dia 30, mediante notificação do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, cobrando explicações sobre irregularidades detectadas em relatório.  Isso por conta de reajustes salariais concedidos na gestão Roberto Alves, variando entre 10% a 400%. Caso os trabalhadores tenham que devolver, o montante pode chegar a R$ 1 milhão.

Apreensivos, eles cruzaram os braços e estão mobilizados no pátio da Cohidro, com a finalidade de alertar o Governo do Estado e a sociedade de um modo geral, de que não podem ser penalizados com o corte de salários

Categoria quer soluções imediatas
e principalmente com a devolução do dinheiro recebido desde 2005.

Segundo o presidente do sindicato da categoria (Sindisan), Sérgio Passos, há vários meses vem reivindicando ao presidente da Cohidro, Osvaldo Nascimento, que seja criada uma comissão de avaliação dos salários. “A diretoria da Cohidro está querendo cortar os salários já no próximo dia 30 e os trabalhadores não podem pagar por erros cometidos por administrações.  

Temos pessoas que fizeram uma projeção de vida, adquiriram bens, empréstimos consignados, colocaram os filhos em escolas melhores, pagam faculdades. A solução seria avaliar caso a caso e depois fazer as adequações. Mas, o presidente quer primeiro cortar os salários para somente depois criar a comissão”, lamenta Sérgio Passos.

Sérgio Passos, presidente do Sindisan
Ganhando mais

São cerca de 425 servidores que tiveram os salários reajustados em até 400%.  Para se ter uma idéia, tem auxiliar administrativo que recebia R$ 1 mil em média e passou a receber R$ 4 mil. E trabalhador com nível superior, que ganhava aproximadamente R$ 3 mil, que passou para R$ 16 mil mensais. 

Os trabalhadores representados pelo Sindisan entendem que não tem como devolver o que ganharam a mais durante todos esses meses por conta das ações consideradas abusivas. Mais de R$ 600 mil reais deveriam ser devolvidos. Atualizado, esse montante sobe para R$ 1 milhão.

Contraponto

O diretor-presidente da Cohidro, Osvaldo Nascimento foi procurado pela reportagem do Portal Infonet, mas participa de uma reunião externa, estando com o telefone celular desligado. A informação da assessoria de Comunicação é de que desde fevereiro de 2009, o presidente vem tentando uma negociação com os representantes dos trabalhadores e que agora, com a solicitação do TCE, não tem mais como prorrogar o corte nos salários.

Como na gestão anterior a empresa foi transformada em departamento (Dehidro), para que os salários fossem aumentados, deveria ter sido elaborado um projeto, apreciado e votado pelos deputados estaduais, assim como aconteceu com os policiais e os professores.

Por Aldaci de Souza

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