Servidores do HGJAF realizam paralisação

A Saúde no Estado deve ficar um pouco debilitada nestas segunda e terça-feira, pelo menos no Hospital Governador João Alves Filho (HGJAF). Depois de muitas assembléias e reuniões com a Secretaria de Saúde do Estado, os servidores da unidade de saúde decidiram por uma paralisação de advertência de 48 horas para mostrarem ao Governo do Estado o grau de insatisfação da categoria.

 

Ontem, pela manhã, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, se reuniu com o procurador Wladimir de Oliveira Macedo, na Procuradoria do Estado, quando deveria receber uma proposta do Governo do estado para a resolução de parte dos problemas da categoria.

 

“Nessa reunião, pensávamos que teríamos uma proposta por parte do governo e quando chegamos lá, não havia proposta nenhuma. No nosso último encontro eles pediram para remarcarmos para o dia 4 . Sentamos com ele ontem, novamente, e não tinha nada…”

 

De acordo com o presidente, esperava-se sair da Procuradoria com um posicionamento da Secretaria de Saúde Estadual a respeito da complementação salarial, aumento para os servidores, melhores condições de trabalho entre muitas outras reivindicações. O presidente citou o caso de servidores em estágio probatório que recebem um salário líquido de R$ 202,00, “logo agora que o salário mínimo já vai aumentar para R$ 300,00. Isso é um absurdo”, concluiu.

 

O grande problema para os servidores é a morosidade das negociações. Augusto informou que quando chegou até o auditório do HGJAF, onde se reuniu com a categoria, teve que informar que “ele (Wladimir) pediu mais um tempo. Disse que não houve uma conversa com o governador, mas nós já estamos esgotados”. A resposta da categoria foi uma surpresa generalizada. “ A maioria só repetia: ‘mais tempo? Não é possível’…”, contou. A assembléia também aconteceu ontem, às 13 horas.

 

Segundo Couto, toda a situação crítica que os servidores estão enfrentando na unidade hospitalar foi repassada para o procurador. A questão é que os trabalhadores julgam não haver mais tempo para esperar por um plano do Governo do Estado, pois ninguém “agüentaria mais” a situação.

 

“Nós sabemos que o Hospital não pode parar, então vamos trabalhar com o mínimo de 30% de pessoal. Já a categoria do pessoal em estágio probatório não pode aderir. Queremos lembrar que a paralisação é somente de advertência. Se não houver nenhuma conversa, vamos ter uma assembléia e decidiremos se precisamos de uma greve por tempo indeterminado. Nós não queríamos parar. Estamos cientes que para o governo, isso é bom”, disse ele.

 

E por que seria bom? Para o presidente, com uma greve de qualquer categoria, apenas o Governo do Estado sairia ganhando, já que os grevistas sempre sairiam “mal vistos pela sociedade. E depois, o governo iria para a televisão falar que aumentou salário e isso e aquilo. Houve um acordo entre a Secretaria e alguns poucos servidores que ganham mais de R$ 2.000. Se abriu essa brecha para essas categorias, por que não houve avanço nenhum para as outras?”, questionou.

 

Augusto completou: “Acredito que o governo está levando as coisas para que a gente faça uma greve. O governo não acena nada para os servidores. No projeto do ano passado, ele trocou seis por meia dúzia”, lamentou.

 

O Portal InfoNet tentou entrar em contato com o procurador Wladimir, mas este estava em reunião.

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