De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindiprev), Rui Melquíades, cerca de 80% dos serviços federais prestados pelas As principais atribuições dos órgãos federais que estão prejudicadas nestas quarta e quinta-feira são a emissão de carteiras profissionais, o seguro desemprego, os benefícios de arrecadação e os benefícios relacionados à Saúde. Rui explica que o número não chegou aos 100% porque com a municipalização e estatização de parte dos serviços de Saúde, os servidores federais do Ministério da Saúde (MS) estão dispersos. “Além disso, temos ainda a rede privada contratada”, complementou. Para o Sindiprev, várias são as razões que justificam o movimento: entre elas está a falta de comunicação entre o Governo Federal e os servidores públicos. “Se o governo abrisse um canal de negociação, não precisaríamos realizar este protesto”, disse o coordenador. Rui entende que muitos usuários estão sendo prejudicados, mas neste momento, várias reivindicações devem ser expostas para a melhoria das condições de trabalho da classe e a conseqüente melhoria no atendimento ao público. Entre estas reivindicações estão a reposição salarial de 18% imediata referente às perdas salariais do governo Lula e mais 61% acumuladas durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso; a manutenção da jornada de trabalho semanal de 30 horas; a manutenção e extensão do Plano de Melquíades explicou que muitos destes pontos foram negociados verbalmente, ou seja, não entraram no termo de acordo. O resultado é quem as autoridades federais parecem ter esquecido de questões como a incorporação das gratificações ao vencimento, “o que representaria um acréscimo de 20 a 30% e evitaria que hoje estivéssemos realizando essa paralisação”, Lamentou Rui. Porém, outro ponto está deixando os servidores públicos federais E a falta de negociações pode prejudicar mais e mais usuários: “se o governo não propor uma negociação, partiremos para um indicativo de greve programado para a 1ª quinzena de maio. Desta vez, todo o funcionalismo público irá parar”, falou Rui. Se isto acontecer, poderemos experimentar um caos. “Hoje, temos uma estimativa de que cerca de 2.500 atendimentos deixaram de ser realizados. Aproximadamente 1.300 funcionários do nosso segmento (Sindprev) aderiram à paralisação”. Isso significa que uma paralisação maior pode representar uma perda de mais de dois mil atendimentos por dia. Durante a manifestação, um senhor parou a equipe do Portal InfoNet para Os servidores públicos federais de todo o Brasil se uniram hoje, dia 13, em uma paralisação que deve perdurar por 48 horas. Em Sergipe, apenas a Funasa, a Anvisa, a Dicon, a DRT, o MPS e o INSS decidiram aderir ao movimento, porém, foi o INSS que realmente representou a classe: todos os postos de atendimento estão paralisados.
classes paralisadas, em Sergipe, estão parados, sendo que daqueles relacionados ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), 90% deixam de funcionar hoje e amanhã. Servidores querem melhorias
Funcionárias conversam durante manifestação
Cargos de Carreira e Salários; a reestruturação do Plano de Carreira e o cumprimento dos pontos acordados durante a greve de 2004. Rui Melquíades
com um olho aberto: a falta de aceno do Governo Federal para uma possível reposição salarial para o seguimento. O coordenador considera esta a principal razão pela qual o funcionalismo público está insatisfeito. INSS
questionar: “e se fosse um deles que precisasse dos serviços de saúde, como eu precisei, será que eles estariam fazendo uma greve?”. A resposta veio rápido: um dos manifestantes passou mal e teve que ser socorrido pelo Samu, entretanto, a paralisação continua. Apenas o carro de som foi desligado em sinal de respeito ao colega. “Mas amanhã estará ligado”, garantiu Rui. Funcionário é atendido pelo Samu Municipal
Comentários