Servidores do Judiciário Federal voltam a parar dia 10

(Foto: Geraldo Moraes)

Após a paralisação de 24h da última quarta-feira, 03, os servidores do Judiciário Federal em Sergipe já tem data para próxima paralisação e assembleia. Na próxima quarta-feira, 10, haverá mobilização dos servidores para pressionar o plenário do senado que estará em sessão para que no mesmo dia seja votado o Projeto de Lei Complementar 28/2015, que estabelece a recomposição das perdas salariais dos últimos nove anos para a categoria.

“Nós ainda não tivemos uma resposta concreta se nossas reivindicações serão atendidas. Sabemos que no dia 10 haverá uma sessão no senado e está na pauta deles a votação do projeto de lei que atende nossos anseios. A mobilização é para pressionar os senadores para que votem a favor da nossa pauta, e se não tiver perspectiva de acordo, tudo indica que encaminharemos para uma greve”, explica José Pacheco, um dos coordenadores do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Sergipe (SINDJUF/SE).

A movimentação é nacional e orientada pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), e cada estado realiza seus atos juntos com os sindicatos locais. De acordo com a Fenajufe, alguns sindicatos estaduais já estão em greve ou tem data para tal, caso do Sinjuspar/PR, Sintrajusc/SC, Sindjus/DF, Sintrajufe/RS e Sintraemg/MG.

A coordenadora da Fenajufe já sinalizou aos sindicatos de cada estado para que enviem representantes à Brasília na próxima quarta-feira para fazerem o trabalho prévio de “corpo a corpo” com os senadores e “lotarem” o Senado Federal, de forma a pressionar a votação dos PLCs 28/2015 e 41/2015, que revisam os planos de cargos e salários dos servidores do Judiciário Federal e MPU.

A paralisação da última quarta-feira em Sergipe reuniu cerca de 250 a 300 pessoas, de acordo com a organização. O sindicato afirma que existe uma defasagem de 50% no salário dos servidores nos últimos nove anos, e o projeto traz uma recomposição de em média 59%.

Por Ícaro Novaes com informações da Fenajufe