Nesta terça-feira, 17, servidores do poder Judiciário se mobilizam em frente ao Palácio de Justiça para reaver distorções salariais no sistema. “São poucos, entre comissionados, que ganham cerca de R$ 11.000 e outros concursados que recebem dois salários mínimos”, diz um dos recém-concursados, Cristiano Cabral, que alega ter sido removido de Aracaju para São Cristóvão quando aderiu ao movimento de lutas para a categoria. Presidente do Sindserj, Hélcio Albuquerque
A greve dos servidores não chegou a ser deflagrada no último dia 28 de abril, porque foi decretada como ilegal pelo próprio Tribunal de Justiça.
“É preciso um plano de cargos e salários justo”, destaca o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça em Sergipe (Sindserj), Hélcio Albuquerque. Ele completa que essa mobilização vai ficar
na história da categoria porque nunca ninguém desafiou o poder Judiciário. “Nunca ninguém fez greve dos servidores da Justiça, muito menos em frente ao Palácio de Justiça. Para eles, passa a ser até um afronta, mas é preciso fazer isso”. Manifestantes apoiando a luta dos servidores de Justiça
O servidor Cristiano Cabral, há 3 anos como técnico judiciário, aponta que o sistema Judiciário em Sergipe tem uma folga quanto aos recursos disponíveis. Dessa forma, um aumento não comprometeria o limite prevista pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Hélcio Albuquerque conclui dizendo que vai continuar mobilizado enquanto não apresentarem um projeto em benefício dos servidores. “O Tribunal de Justiça precisa traçar um projeto para beneficiar a todos. E não implantar outro que privilegia os que ganham mais, sacrificando os que ganham menos”, finaliza.