Servidores fazem ato na porta do Ministério Público do Trabalho

Servidores dizem que Projeto de Lei está parado no Congresso (Fotos: Portal Infonet)

Um ato na porta do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Sergipe marcou o último dia da greve iniciada por servidores do Ministério Público da União em todo o país na última quarta-feira, 8 englobando servidores do Ministério Público Federal (MPF) e do MPT. Nos três órgãos, mais de 60 trabalhadores no estado aderiram ao movimento em reivindicação ao Projeto de Lei 6697/2009 que cria o Plano de Cargos e Carreira (PCC) da categoria.

“Queremos deixar claro que o movimento é uma iniciativa dos próprios servidores cansados de esperar”, afirma o servidor do MPU, Fábio Lobão acrescentando que os trabalhadores lutam pela aprovação do PL e que reivindicam ainda ações efetivas do Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, responsável pela representação do MPU frente ao Executivo Nacional.

“O projeto está parado no Congresso Nacional há dois anos e se aprovado, vai para o Senado. Interessante que quando se fala em salários, pensam logo em juízes, procuradores, mas não sabem que nós servidores ganhamos bem menos e nem temos um Plano de Cargos e Carreira”, ressalta a servidora do Ministério Público do Trabalho, Elizabeth de Gusmão Pedrosa.

Categoria luta por Plano de Cargos e Carreira

De acordo com o servidor do Ministério Público Federal, Thiago de Souza, os servidores estão preocupados com a demora na tramitação e votação do projeto na Câmara e no Senado.

“O Executivo alega o efeito cascata. O risco que a gente corre é que paralelo a isso existe o Projeto de Lei Complementar 549/2009, que entre outros pontos propõe o congelamento por dez anos das despesas com pessoal da União. Este projeto já passou pelo Senado e está na Câmara. Se for aprovado primeiro do que o PL 6697/2009, a gente vai amargar mais dez anos”, teme Thiago de Souza.

Fábio, Elizabeth e Thiago: "Iniciativa dos próprios servidores"

Por Aldaci de Souza