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PF diz que serviço não foi prejudicado (Arquivo/Portal Infonet) |
Servidores administrativos da Polícia Federal (PF) paralisaram as atividades nesta quinta-feira, 7. Por causa da chuva, não houve movimentação em frente à sede do órgão, mas, segundo o servidor Ronaldo Correa, os funcionários não compareceram ao trabalho. “Por enquanto, paralisamos só por um dia. É um ato simbólico”, afirma o servidor, que é representante estadual do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Espacial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf).
O protesto é nacional. De acordo com Ronaldo, na pauta de reivindicações, estão a valorização da carreira administrativa, a nomeação de concursados, o decreto que regulamente a indenização de fronteira – benefício criado pelo Governo Federal para manter pessoal na fronteira do país, o que é muito difícil –, entre outras coisas.
Os servidores cobram também reajuste salarial e reestruturação da carreira, criada há mais de 10 anos. Para Correa, essa defasagem gera perda de pessoal. “Carreira e órgão são prejudicados com isso. Os servidores entram, veem a situação da PF e logo estudam para outros concursos”, lamenta.
Há previsão de novas paralisações. Segundo o representante do Sinpecpf, não há sinalização de negociação nem com o diretor geral da PF, delegado Leandro Daiello, nem com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Serviços afetados
Com a paralisação, serviços como emissão de passaportes, controle migratório e fiscalização de atividades de segurança privada, contratos e licitações são prejudicados. A estimativa de Correa é que a metade do quadro administrativo tenha aderido ao ato.
No entanto, a assessoria de comunicação do órgão em Sergipe informou que o atendimento ao público foi normal. Correa, lembra ainda que, dentro do órgão, há desvio de funções, com policiais fazendo atividades administrativas.
Por Julie Braga