Os servidores estaduais protestaram na manhã desta quinta-feira, 24, em frente ao Palácio de Despachos, e pediram a presença do governador nas negociações salariais. Policiais Civis, auditores fiscais, professores e médicos do Ipes se juntaram num protesto unificado das categorias que compõem a mese de negociação. Ainda não há uma nova data para a reunião da mesa geral entre Governo e sindicatos.
“A luta é por dignidade. O povo está aqui na porta do Palácio esperando que as mudanças cheguem. Servidor não sofre crise de afetividade, não precisamos só sermos ouvidos. Queremos a definição de uma política salarial”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antônio Góis em seu discurso.
“A gente espera a presença do governador na próxima reunião da Mesa Geral de Negociação, para anunciar que a mudança realmente está chegando”, disse Joel Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese). Policiais Civis Na quarta-feira, 23, o secretário da Fazenda, Nilson Lima, propôs ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) um reajuste salarial que dava um ganho real de 10%, o que não foi aceito pela classe. “Mesmo com esse reajuste nós vamos continuar com o menor salário do Brasil. O que propomos é que o agente de Polícia, juntamente com os escrivães, ganhem 60% do salário do delegado. Isso seria um aumento paulatino até 2010”, explica Ricardo Reis, presidente do Sindicato. | Veja um trecho do protesto |
De acordo com Ricardo os delegados estariam fazendo uma negociação paralela com a Secretaria da Fazenda, sobre o reajuste salarial. “Eles propuseram que não entrassem no reajuste linear, que deve ser de 4%, mas que fosse regulamentada a gratificação por curso, que hoje é irregular e gira em torno de 30%. Se a Secretaria aceitar isso não vai poder dizer que não tem dinheiro para um reajuste dos policiais”, disse Ricardo. Ricardo Reis (de colete verde) e líderes sindicais durante o protesto
Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa