Sindicato dos Correios de SE diz que está sendo boicotado pela direção

Sérgio Silva, secretário geral do Sintet/SE
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE), Orlando Sérgio Silva, irá denunciar o diretor da empresa em Sergipe, Gileno Augusto Góis no Ministério Público do Trabalho. Segundo Sérgio, os membros do sindicato estão impedidos de entrar na empresa para chamar uma assembléia geral dos trabalhadores, o que está impedindo a classe em Sergipe de aderir à greve nacional.

Sérgio diz que o diretor deu ordem expressa aos seguranças de todas as unidades de trabalho que não deixassem os membros do sindicato entrar. “Ele está desvirtuando uma norma do acordo coletivo feito entre a empresa e os trabalhadores para agir dessa forma”, diz o sindicalista. O acordo coletivo prevê que os membros do sindicato podem entrar na empresa para realizar comunicados de interesse da classe com intervalos de 15 dias.

Para tentar reverter a situação, os membros do sindicato disseram que irão denunciar a situação ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça Federal do Trabalho hoje, 13, à tarde. “Ele (o diretor) está fazendo isso para não perder o cargo dele, já que é indicado pela presidência da empresa, em Brasília”, fala Sérgio Silva.

Foto da última paralisação realizada no último dia 23/08
A direção regional dos Correios foi procurada pela reportagem da Infonet, e negou que esteja barrando a entrada dos sindicalistas. “Nós estamos seguindo o que foi decidido no acordo coletivo. Eles não podem invadir a empresa para retirar os trabalhadores para um movimento paredista. Mas nada impede deles panfletarem na porta das unidades, afinal lá é que se caracteriza como espaço público”, alega o assessor de comunicação dos Correios, Agnaldo Batista.

Nacionalmente os funcionários da ECT estão em greve desde ontem, 12, quando rejeitaram uma proposta de negociação do Governo Federal. A principal reivindicação da classe é um aumento linear de R$200 na categoria, com o argumento de diminuir a disparidade salarial. “Hoje o salário base de um carteiro na ECT é de R$397,00 enquanto o salário máximo dos cargos de direção pode chegar a R$20 mil”, diz Sérgio Silva.

O Governo Federal propôs um aumento linear de R$50 o que foi rejeitado pela Federação do Sindicato na tarde de ontem, 12. Agora os trabalhadores esperam uma nova rodada de negociações para decidir sobre os rumos da greve.

Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa

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