Sinpol denuncia descaso do governo com a categoria

João Alexandre acusa governo de descaso com a categoria

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) realizou na manhã dessa terça-feira, 26, uma coletiva de imprensa e na oportunidade fez duras críticas ao governo do Estado. “Estamos aqui para denunciar e o faremos regularmente, a atual situação, caótica, da segurança publica de Sergipe e o descaso do governo que parece não ouvir, enxergar e nem falar”, afirmou o presidente do sindicato, João Alexandre Fernandes.

O presidente começou apresentando a atual situação das delegacias do Estado. “Fizemos um levantamento das delegacias da capital e algumas do interior do estado e os dados preliminares já demonstra o abandono total do servidor e dos serviços do policial civil, além a falta de preocupação que se deveria ter com a investigação criminal.  Existem delegacias que nós não podemos utilizar o banheiro, mediante a situação que se encontra. É um verdadeiro nojo. Outras que não possuem o mínimo de segurança para o policial civil, imagine para o cidadão. A própria estrutura física, no geral, é comprometedora do bom serviço que poderia ser realizado ali”, enumera.

Em relação ao efetivo, Alexandre chamou a atenção para o último concurso realizado. “Ele realiza um concurso publico e já começa errado, porque já nasce defasado. Se nós temos um déficit de 400 policiais em média, como é que o concurso é promovido para cem vagas? Não tem como entender. A situação é gravíssima. Nós temos direito de exigir do governo do Estado um efetivo mínimo, porque a lei assim determina e o governo não cumpre a lei”, ressaltou.

Violência

Números de homicídios deixa Sergipe entre os estados mais violentos, sendo o Sinpol

O presidente do Sinpol também apresentou dados em relação aos crimes em Sergipe. “Nesse atual contexto que observamos, Sergipe está entre os primeiros colocados quando o assunto é violência. Isso é uma realidade. Ele não só figura entre os estados mais violentos em termos de homicídios como em outros crimes menos graves, mas que prejudicam, sobremaneira, o cidadão, a exemplo do estelionato, onde a média é 10 estelionatos por dia. Dados esses colhidos na Secretaria de Segurança Pública e que nos obriga a exercemos a nossa responsabilidade de denunciar”, afirmou.

Ainda em relação aos serviços, João Alexandre pontuou a necessidade de cobrar dos representantes do povo. “É inadmissível que serviços que demandam essencialmente a investigação criminal sejam deixados de lado, causando prejuízo ao povo. Isso não é responsabilidade do trabalhador que está em serviço. Nós estamos aqui até para que a sociedade perceba que na hora de cobrar tem que se cobrar dos gestores e do Governo e não daquele trabalhador que não recebe seu salário em dia durante um mandato”, pontuou.

Salários

Em relação ao salário, o presidente salientou que o atual governo deixará uma marca negativa. “O governo, durante seu mandato, vai ficar com a marca de não ter efetuado o pagamento em dia um mês se quer”, afirmou.

Na oportunidade, João Alexandre destacou a importância de estreitar os laços com à imprensa e alertou sobre a importância para a sociedade, da veiculação desses números. “Vamos promover esse encontro regularmente com à imprensa por entender que ela é fundamental para que alguma coisa seja feita em prol do cidadão. Nós nos sentimos de mãos atadas por essa total inércia do governo”, finalizou.

Governo

De acordo com o Secretario de Comunicação, o Governo tem investido em um Sistema Integrado de Segurança Pública, onde serão construídas em todo estado estruturas para integrar as polícias Civil e Militar.

Ainda de acordo com o Secretário, o governador tem consciência que algumas delegacias ainda precisam passar por reformas e que essas serão feitas paulatinamente.

Em relação aos salários atrasado, Sales Neto salientou que o governo tem buscado meios para enfrentar a forte crise que atinge não só Sergipe, mas todo o Brasil. “O governador tem trabalhado de forma intensa para superar essa crise e resolver essas situações. O pagamento aos servidores da Secretaria de Segurança Pública é feito entre os dias 11 e 12 de cada mês”, explicou.

Em relação aos números de homicídio, Sales Neto afirmou que o Sindicato está equivocado. “ A Secretaria de  Segurança Pública tem apresentado números que demonstra uma queda nos índices de homicídio, graças a um trabalho de inteligência realizado com elos entre as policiais Civis e Militares. O primeiro semestre de 2017 teve números menores em relação aos anos anteriores e esse número vem diminuindo mês a mês” explicou.

Por Alcione Martins

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