Sinpol questiona argumentos de desembargador

Jorge Henrique: sem negociações (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol) questionam os argumentos do desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite na decisão que proferiu pela suspensão imediata da greve dos agentes. Para o sindicalista Jorge Henrique dos Santos, diretor de comunicação do Sinpol, não procedem as informações contidas na decisão dando conta que o Governo estaria negociando a pauta de reivindicações com a categoria.

“Na fundamentação da decisão judicial há um equívoco por parte do desembargador. O que mais queremos é negociar, mas o Governo não está negociando”, rebate o sindicalista Jorge Henrique, numa referência ao entendimento do desembargador destacada na sentença. Na decisão, o desembargador considera que o Governo do Estado está em negociação com os agentes por meio das Secretarias de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda, “em busca de deslinde amigável dentro das possibilidades de ambas as partes”.

O Sinpol ainda não foi notificado. Apesar dos questionamentos, o dirigente sindical informa que o Sinpol acatará a decisão judicial, assim que receber notificação oficial do Poder Judiciário. Ainda nesta segunda-feira, 17, a diretoria do sindicato se reunirá para avaliar o movimento e convocará assembleia geral para definir os novos encaminhamentos. “Mesmo não tendo a pauta atendida, nós somos vitoriosos porque conseguimos retirar os presos das delegacias. Dos 670 presos, hoje estamos com cerca de 400 e nossa meta é retirar todos”, conceituou Jorge Henrique.

Segundo Jorge Henrique, o Governo propagou erroneamente que teria cumprindo pelo menos dois pontos da pauta de reivindicações, que seriam a transferência dos detentos das delegacias para os presídios e o início do curso de formação. “Estas questões não estão na nossa pauta. Tudo isso é obrigação do Governo”, ressaltou o sindicalista.

Jorge Henrique ressaltou que na pauta estão destacados a implantação do subsídio, o não atraso nem o parcelamento de salários, a implantação do plano de cargo, carreira e salário para o pessoal que não é policial e reajuste linear obrigatório. “São questões que não oneram o Governo, não estamos pedindo aumento de salário”, ressaltou.

O Portal Infonet tentou ouvir o Governo. A assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Segurança Pública se posicionará posteriormente, por meio de nota a ser enviada à imprensa. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 8000.

Por Cássia Santana

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