Situação das famílias do Nova Liberdade ainda é incerta

Situação dos moradores do Nova Liberdade III se arrasta há anos e solução ainda não foi encontrada (Foto: Arquivo Infonet)

A situação dos moradores que ocupam um terreno de uma empresa privada no Loteamento Nova Liberdade III segue indefinida. A ocupação está em uma área onde funcionava o antigo frigorífico da cidade. Foi emitida decisão judicial favorável à reintegração de posse do terreno que pertence a uma empresa privada e desde então as famílias não sabem para onde ir.

Atualmente, há quase 900 pessoas vivendo no local. O executivo estadual ofereceu, em outras oportunidades, alternativas para os donos do terreno, como uma permuta de terras, entretando, a proposta foi rejeitada. 

Josefa dos Santos, uma das moradoras, fala que os membros da ocupação não têm a intenção de se retirar do local. “Nós não temos para onde ir. Não queremos sair daqui. Se for o caso, outros moradores ameaçam fazer barracos em beira de pista e até ocupar a frente do Palácio dos Despachos”, comenta.

A capitã Evangelina de Deus, auxiliar da 5º Seção da Polícia Militar, afirma que, em caso de decisão judicial favorável à reintegração de posse, haverá esforços para que tudo se resolva de maneira pacífica. “Temos mecanismos para retirá-los, mas existe todo um trabalho de convencimento. O gerenciamento vai trabalhar para que não precisem retirá-los à força. 90% dos casos a gente consegue reintegrar sem o uso da força. E esse caso tem atenuante que o Governo está favorável, querendo negociar no sentido de ceder o terreno”.

Segundo a Secretaria Estadual de Comunicação Social (Secom), uma reunião entre representantes dos alojados e o vice-governador Belivaldo Chagas, está agendada para a próxima segunda-feira, 5, no Palácio dos Despachos.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio