Novos filhotes de tartaruga marinha da espécie Lepidochelys olivacea, conhecida como tartaruga-oliva, foram soltos na Orla de Atalaia no final da tarde desta quarta-feira, 18. Segundo o Projeto Tamar, responsável pela organização da soltura, 85 filhotes poderão a partir de agora viver de maneira independente pelos mares e oceanos.
As tartarugas marinhas são animais de ciclo de vida longo, que levam de 20 a 30 anos para se reproduzir. A cada temporada reprodutiva o número de filhotes que nasce nas praias monitoradas pelo Projeto passa de 2 milhões, além de muitas tartarugas jovens e adultas que são protegidas e salvas da captura incidental na pesca.
Às vésperas de completar 40 anos, o Projeto Tamar já contribuiu para a preservação de aproximadamente R$ 40 milhões de tartarugas. “É importante atender a esse clico de recuperação das cincos espécies que o Projeto Tamar trabalha”, destaca Kátia Cristina Ferreira, representante da Petrobras, parceira há 39 anos do Tamar. Segundo ela, o papel ambiental do projeto vai além da preservação dos animais. “O trabalho do Tamar também é voltado para a educação ambiental através da conscientização que vai desde crianças e jovens até os adultos, principalmente nas comunidades litorâneas onde ele atua”, afirma.
Pesquisa e desenvolvimento científico
O Projeto Tamar contribuiu, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), para o início da recuperação – comprovada cientificamente – das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro, e pela estabilidade da tartaruga-verde em Fernando de Noronha (PE) e Trindade (ES).
A ação do Tamar se estende por cerca de 1.100 km de praias, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, de Sergipe, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santa Catarina. A principal missão é a pesquisa, a conservação e o manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas, todas ameaçadas de extinção.
por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
Com informações da Petrobras
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