SSP aponta Floro Calheiros como mandante do atentado a Luiz Mendonça

Atentado foi elucidado três meses depois de ocorrido (Foto: Portal Infonet)
O secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe, João Eloy de Menezes, disse na tarde desta sexta-feira, 26, que o atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o desembargador Luiz Mendonça, está elucidado. No entanto ele disse que os trabalhos de investigação continuam, principalmente até a prisão de Floro Calheiros, confirmado hoje como o mandante do crime.

A polícia sergipana prendeu em Pernambuco três integrantes do bando de Calheiros, foragido da justiça sergipana desde 2008. Eles foram detidos ainda na quinta-feira, 25, em Petrolina (PE), por uma equipe de 40 policiais do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar e já se encontram em Sergipe. Um quarto homem foi preso ainda na tarde desta sexta-feira, também em Pernambuco, mas no município de Águas Claras.

Carro recebeu mais de trinta tiros de escopeta e pistola (Foto: Portal Infonet)
Dois dos presos, Alessandro de Souza Cavalcante, conhecido como ‘Bili’, e o ex-policial Clodoaldo Rodrigues Bezerra, conhecido por ‘Bezerra’, confessaram a participação no crime e confirmaram Floro Calheiros como mandante, dando detalhes da execução. “Eles disseram que Floro afirmou ser inimigo pessoal de Luiz Mendonça e que o desembargador deveria ser morto onde quer que fosse encontrado, mas não podemos dar mais detalhes agora”, disse João Eloy.

A dupla planejou o crime na capital sergipana por um período de 15 a 20 dias. Nenhum dos dois revelou quanto o agiota pagou pela ação. Eloy disse, ainda, que os homens acreditavam ter consumado o crime pela quantidade de tiros disparados contra o carro do desembargador. O secretário de segurança limitou-se nas declarações para não atrapalhar os trabalhos de investigação, mas disse que ainda não se sabe a identidade do homem que teria dado fuga aos atiradores depois deles terem queimado e abandonado o carro utilizado no atentado.

João Eloy diz que não pode revelar mais detalhes sobre as investigações (Foto: Portal Infonet)
Os outros dois presos são Antônio Ivandro do Nascimento, ex-policial civil da Bahia conhecido por ‘Nem’ – ainda não se sabe se ele participou do atentado – e um homem conhecido como ‘Ricardinho’, o último a ser encontrado. ‘Ricardinho’ participou do resgate do Floro no Hospital São Lucas em dezembro de 2008. “Já sabemos quem mandou, temos as provas e no momento certo a polícia vai falar. As investigações continuam, não vamos descansar enquanto Floro Calheiros não for preso”, avisou João Eloy.

O secretário negou que a prisão de Marcos ‘Muganga’, no dia 19 deste mês, tenha ligação com o caso do atentado a Luiz Mendonça, mas confirmou que houve uma troca de tiros entre o bando de Floro e a polícia no Estado de Minas Gerais, cerca de dois meses antes do atentado. Na época a polícia negou que o fato havia ocorrido, confirmando apenas hoje. “Era um trabalho de investigação e não podíamos falar nada para não espantá-los”, confirmou Eloy.

Atentado

Floro Calheiros é apontado como o mandante do crime (Foto: Arquivo Infonet)
A tentativa de assassinato contra o desembargador Luiz Mendonça ocorreu na manhã do dia 18 de agosto deste ano. Ele havia saído do prédio onde mora com destino ao trabalho e quando passava pela avenida Beira Mar, área nobre de Aracaju, foi surpreendido pela ação de quatro homens que dispararam mais de 30 tiros de pistola e escopeta.

Mendonça sofreu apenas pequenos ferimentos por estilhaços de bala, mas o cabo da Polícia Militar (PM) Jailton Pereira, que trabalhava como motorista dele, ficou gravemente ferido. Pereira chegou a ficar em coma e recebeu alta apenas no dia 22 deste mês.

Desde o dia do crime já se apontava Floro Calheiros como suspeito. Isto porque comenta-se que o nome do desembargador faz parte de uma lista de pessoas a serem mortas por estarem envolvidas direta ou indiretamente na condenação do agiota na Justiça (na relação dizem constar os nomes do jornalista Gilmar carvalho, da delegada Georlize Teles entre outros). Além de responder pelo sumiço de urnas nas eleições do Município de Canindé do São Francisco em 1996, ele é acusado de ter assassinado o deputado Joaldo Barbosa e o agiota Motinha.

O empresário Floro Calheiros foi preso pela última vez em janeiro de 2008, depois de ter fugido e sido recapturado por outras vezes. Ele havia sido internado no hospital São Lucas no dia 18 de dezembro e, fantasiado de médico, foi resgatado do hospital no dia 21 de dezembro. Até hoje a polícia não sabe do paradeiro dele.

Por Diógenes de Souza e Aldaci de Souza

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