O anuário desenvolvido pela Central de Estatísticas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) foi divulgado na manhã desta terça-feira, 14, em coletiva à imprensa sergipana. As impressões transmitidas pela secretaria demonstram um quadro de redução de 19% do número de crimes violentos em 2019, ano em que foram registrados 799 casos em comparação ao ano anterior (2018), com 986 mortes dessa natureza. A equipe da SSP divulgou ainda os registros de latrocínios e homicídios dolosos, de forma separada, no interior e na capital.
A coletiva contou com a presença do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, do diretor de estatística da SSP, Sidney Teles, do coordenador-geral de perícias, Nestor Barros, e foi conduzida pela delegada-geral Katarina Feitosa, a qual apontou para uma diminuição dos crimes violentos durante três anos consecutivos, desde 2016, ano considerado recorde e no qual Sergipe registrou 1356 casos. “É muito positivo, pois sabemos que estamos no caminho certo, percorrendo estratégias desenvolvidas pela SSP e pelo Governo do Estado. Os resultados demonstram que são mais de mil vidas preservadas nos últimos anos. Se compararmos de 2016 a 2019, nós saímos de um patamar de, praticamente, 59 mortes por 100 mil habitantes para 34 mortes por 100 mil habitantes”, destaca a delegada.
Para o coronel Marcony Cabral, algumas mudanças foram primordiais para o atual quadro positivo apresentado pela segurança pública em Sergipe. “Semanalmente nós nos reunimos para avaliar o trabalho, com o secretário capitaneando isso. Houve investimento em tecnologia, mas fundamentalmente o que mudou foi a questão do trabalho da inteligência aliada à estatística”, explica.
Os dados, porém, ainda não representam o ideal estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), o qual considera aceitável o máximo de dez homicídios por 100 mil habitantes. A estatística é predominante em países desenvolvidos e considerada um dos fatores para a avaliação da qualidade de vida local.
“Não estamos satisfeitos com os números, estamos felizes por termos descoberto o caminho a ser trilhado. Ainda falta muito, é uma estrada longa para que possamos atingir os patamares ideais. O que devemos perceber também é que a violência não se trata somente de segurança pública, existem diversas outras políticas públicas que devem ser implementadas para a redução real do índice de violência”, argumentou Katarina Feitosa.
por Daniel Rezende
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