
A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) informou nesta segunda-feira, 29, que aguarda o resultado dos exames periciais para esclarecer de forma definitiva as circunstâncias da morte da médica Daniele Barreto, encontrada morta no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro no dia 9 de setembro.
De acordo com o comunicado, os investigadores já dispõem do perfil genético identificado pelo Instituto de Análise e Pesquisa Forense, mas ainda não há conclusão definitiva sobre a origem do material. A SSP informou que há apenas um DNA masculino detectado e que não é possível afirmar se a identificação é oriunda de sêmen, podendo se tratar de outros elementos, como mucosa, suor ou pele.
A secretaria também ressaltou a confiança no trabalho dos servidores que atuaram no local da ocorrência e no Instituto Médico Legal (IML), além de informar que a investigação é conduzida pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).
“Lamentamos a divulgação de informações falsas, como a alegação de que teriam sido encontrados vestígios de sêmen de dois homens no corpo da vítima”, disse em nota.
Relembre o caso
A médica Daniele Barreto foi encontrada morta em sua cela no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, em 9 de setembro. O caso gerou repercussão após a divulgação de informações de um laudo pericial que apontaria a presença de material genético de dois homens no corpo da vítima.
Diante da polêmica, a Associação dos Agentes Técnicos de Carreira da COGERP/SE divulgou uma nota repudiando acusações de necrofilia contra servidores do IML, afirmando que as declarações eram infundadas e atentavam contra a honra e a credibilidade do órgão.
A SSP também já havia se manifestado anteriormente sobre o caráter sigiloso dos exames periciais, reforçando que documentos produzidos durante a investigação só podem ser utilizados para fins criminais e que a divulgação não autorizada poderia gerar responsabilização administrativa e penal.
As investigações seguem em andamento e, segundo a SSP, novos resultados periciais ainda serão apresentados para esclarecer definitivamente as circunstâncias da morte.
Por Nicolle Santana e Verlane Estácio