Sugestões da população farão parte do novo Plano Diretor

O Lamarão foi o primeiro bairro a receber audiência de diagnóstico do Plano Diretor. No Bugio, a ação ocorreu nesta terça, 14 (Foto: Sérgio Silva)

A população é a principal personagem do segundo ciclo de audiências de revisão do Plano Diretor de Aracaju. Esta nova fase, que traz um diagnóstico da capital sergipana, apresenta aos moradores dados relacionados à infraestrutura, emprego e renda, saneamento básico, segurança, habitação, educação e saúde, entre outros. Com audiências marcadas para acontecer em nove localidades, a Prefeitura Municipal de Aracaju pretende extrair sugestões que possam garantir melhorias ao desenvolvimento da cidade.

O conjunto Bugio, na zona Norte da capital, recebeu a segunda destas audiências nesta terça-feira, 14. Além de moradores e lideranças comunitárias, vereadores e representantes de organizações e movimentos sociais, como o Não Pago, estiveram no local para conhecer detalhes de Aracaju e dar a sua contribuição para o Plano Diretor.

José Firmo conta que a população ajudará na construção do novo plano

O representante do Fórum em Defesa da Grande Aracaju, José Firmo, conta que a contribuição da população ajudará na construção de um plano que atende às reais necessidades da cidade. “Esta é uma fase importante da revisão porque o diagnóstico da PMA e aquele que vai ser complementado a partir das informações dos moradores serão importantes para a construção de um plano mais atualizado e próximo da realidade da cidade. A população com suas angústias e problemas do dia-a-dia podem trazer informações detalhadas dos reais problemas. A população nesse momento é o elemento mais importante da construção do plano”, comenta.

A população pôde conhecer o diagnóstico da cidade através de palestras dividas nos seguintes temas: infraestrutura, habitação de interesse social, patrimônio histórico e cultural, turismo, meio ambiente, mobilidade, uso e ocupação do solo e instrumentos regulatórios.

Édulo Lins falou sobre os problemas de mobilidade urbana de Aracaju

Um dos palestrantes, o arquiteto Édulo Lins, que é da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB) e da Secretaria Municipal da Infraestrutura (SEMINFRA), destacou alguns dos problemas relacionados à mobilidade urbana da capital e as consequências para a cidade. “A gente tem Aracaju como uma cidade planejada, mas no fundo, ela é pouco planejada. A cidade não foi pensada prevendo essa evolução. As ruas são estreitas e não foram preparadas para a quantidade de veículos descarregada mensalmente. Sabemos que entram mais de dois mil carros em Aracaju e é impossível comportá-los com essa malha viária pensada no século passado”, revela.

Para atrair a população e incentivar a sua participação nas audiências de revisão do Plano Diretor, a PMA tem apresentado o diagnóstico de forma simplificada e distribuído panfletos e gibis na tentativa de sensibilizar as comunidades.

O secretário Igor Albuquerque

“A PMA entende que é importante ouvir a população para que determinados olhares da prefeitura, que às vezes são meramente técnicos, possam ser temperados com a necessidade dos moradores, de modo que a legislação reflita os anseios e atenda à construção de uma cidade na qual as pessoas tenham prazer e qualidade de vida”, explica o secretário municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão, Igor Albuquerque.

A discussão do Plano Diretor terá ainda uma terceira fase na qual serão apresentadas oficialmente as propostas sugeridas pela população e discutido o Projeto de Lei que será enviado à Câmara Municipal de Vereadores. O calendário de audiências pode ser consultado no site da PMA.

Por Verlane Estácio

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