Talento da dança sergipana faz sucesso no sul do país

A dançarina sergipana Olivia Teixeira, há dois meses residindo na capital paulista, já está fazendo o maior sucesso por lá. Antes de sua partida, em entrevista exclusiva ao InfoNet Notícias, ela comentava de sua satisfação por ter sido contemplada com uma bolsa de especialização para professores de Dança de Salão no Centro de Dança Jaime Arôxa – o maior do Brasil na área. “Jaime Arôxa é considerado hoje o maior mestre dos mestres da dança de salão. Sinto-me honrada com essa oportunidade, mesmo porque estarei atuando também nas áreas de ballet e sapateado”, comentava Olívia Teixeira. Agora, os caminhos estão ainda mais abertos para a dançarina, que após dois meses de estudo e trabalho em São Paulo, traz mais novidades aos sergipanos. INFONET NOTÍCIAS – Qual o motivo de sua viagem? OLIVIA TEIXEIRA – Estudo. Vim para me aperfeiçoar e, como em todas as áreas do saber, os conhecimentos são inesgotáveis. Aqui está a fonte de tudo, porque se você quer aprender a dançar Tango, você estuda diretamente com os argentinos; se quer Salsa, faz aulas com os cubanos; e assim vai. Além do mais, as melhores faculdades do país estão aqui, e eu pretendo concluir o mais breve possível o meu curso de Psicologia, pois ele tem me ajudado muito na sala de aula. IN – Em quantas academias você está trabalhando agora? OT – Em quatro desde a primeira semana em que aqui cheguei. Na Promenade Studio de Dança dou aulas de sapateado e dança de salão. Essa é a escola da maior especialista de sapateado do Brasil, Kátia Barão, que é diretora e coreógrafa da Troupe Dahpé, cia de sapateado e percussão, da qual também faço parte. Em Palladino Dança Social, a maior estrutura de dança de salão da América Latina, dou curso específico de Bolero e, a partir desse mês, dança de salão, na Academia Êxito´s e em Narcisa Coelho dou aulas de dança de salão também. IN – Você já está fazendo parte de algum grupo de dança? OT – Por enquanto, faço parte, como já disse, da Troupe Dahpé, cia de sapateado. Nos últimos dias 25 e 26 de maio fiz minha estréia no Sesc da Vila Mariana, apresentando o show “Café com Pão e Percussão”. IN – Você pretende voltar a Aracaju definitivamente? OT – Por enquanto não. Infelizmente, na nossa cidade, existe uma coisa um pouco desagradável, em que as pessoas só dão oportunidade através de intermediários e não pelo próprio mérito da pessoa. Aqui, graças a Deus, sempre que eu apresentei o meu currículo fui recebida de portas abertas em todos os lugares, tanto é que na primeira semana em que aqui cheguei eu já estava nas quatro escolas em que estou atualmente. IN – Você virá a Sergipe promover cursos de férias, trazendo novas experiências? OT – Sim, na segunda quinzena de julho estarei em Aracaju dando curso iniciante e avançado de sapateado e curso de forró universitário, a nova coqueluche que tomou todo o Sul do país e também o Nordeste. IN – Quais suas perspectivas para agora? OT – Ainda não tenho nada muito definido com relação ao tempo em que estarei por aqui, porque as oportunidades surgem diariamente. Coisas muito boas e ruins também acontecem e tem muita gente competente por aqui, mas sabe-se que os medíocres estão por toda parte também. Por enquanto só estou fazendo a seleção do que eu quero. Antes eu estava interessada em uma companhia de dança de salão e surgiram alguns convites, mas eu não quis, porque eles viajam muito e você tem que se dedicar exclusivamente a isso, não pode se comprometer com nenhum outro trabalho. Além disso, o salário também é indefinido, pois depende de temporada, mesmo as companhias maiores e famosas. Francamente eu não nasci para isso, pois eu gosto muito dos palcos, mas minha maior realização é na sala de aula. Além do que, tudo é possível de acontecer. Não sei se vou voltar em cinco anos ou em um ano, ou se não vou voltar, ou se São Paulo é apenas uma ponte para me levar para outros ares, quem sabe? Ainda não sei de nada com relação às minhas perspectivas. Já entreguei às mãos de Deus.