
Mais uma tartaruga marinha, da espécie cabeçuda, foi encontrada morta no litoral sergipano. O animal, em elevado estado de decomposição, foi localizado na manhã do domingo, 25, na Atalaia Nova, no município da Barra dos Coqueiros. O animal foi encontrado pela equipe do Projeto Tamar que faz monitoramento diário dos animais marinhos em todo litoral sergipano.
As placas de queratina, que cobrem a superfície dos ossos da tartaruga, já estavam se desprendendo do corpo do animal em função do elevado estágio de decomposição, segundo informações do biólogo Fábio Lira, do Projeto Tamar. Devido a este detalhe, não foi possível fazer uma análise mais aprofundada sobre a causa da morte da tartaruga. No entanto, conforme o biólogo, há forte suspeita de que a morte do animal esteja relacionada com a atividade pesqueira.
Há marcas no corpo indicando que o animal teve contato com redes de pesca. Mas o biólogo entende que a tartaruga foi captada de forma acidental. “Se o pescador tivesse o intuito de capturá-la, não a colocaria de volta ao mar”, analisa.
Há uma preocupação com o lixo lançado no meio ambiental, que também pode provocar a morte de animais marinhos. Mas, atualmente, conforme observa o biólogo, o principal problema está relacionado à pescaria. Os animais acabam se enganchando na rede e até morrem asfixiados. Neste ano, até o final do mês de julho, o Projeto Tamar identificou 422 tartarugas marinhas mortas no litoral sergipano. No ano passado, nesse mesmo período, foram 420 animais mortos.
por Cassia Santana