Taxistas de Aracaju farão protesto no dia 18 deste mês
Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Táxi de Sergipe (Sintax) prometem uma carreata de manifestação no dia 18 deste mês. O motivo, de acordo com o presidente do órgão, Luís da Cunha, o Nena, é coibir o transporte clandestino de passageiros e a circulação de taxistas de outras cidades, de forma irregular, em Aracaju. Motoristas farão protesto no dia 18/8, contra “invasão” de taxistas de outras cidades
“As prefeituras estão distribuindo os pontos de maneira irresponsável, uma situação complicada e que está nos trazendo danos e nos deixando cansados”, diz Cunha.
Segundo ele, há uma invasão de táxis de outros municípios, como Socorro, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Laranjeiras, num claro desrespeito à Lei que regulamenta o transporte na capital. Além disso, carros particulares também estão assumindo a função de transportar passageiros. “Vamos pedir às autoridades que a Lei seja cumprida, pois eles estão atuando de forma irregular circulando como táxi bandeira”, afirma.
O presidente do Sintax explica que o ato também representa um apoio à Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), que não possui estrutura suficiente para o combate devido às infrações. “Há um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] do Ministério Público que dita um roteiro para esses taxistas seguirem. Eles não podem parar no meio do trajeto de ida ou de volta para pegar passageiros, por exemplo, e isso acontece sempre”, reclama. Nena: “Pontos distribuídos de maneira irresponsável”
Número de taxis é excessivo
Luís aponta que o número de táxis em cada cidade é uma prova de como não há o controle das prefeituras. “São Cristóvão deveria ter 120 táxis, mas quase 300 circulando; Socorro deveria ter 200, mas 403 estão rodando e a Barra dos Coqueiros suportaria de 80 a 100, mas tem 386, sendo que eles ainda estão distribuindo outros pontos”, diz.
O diálogo com as outras prefeituras ele diz que é inexistente, pois não há qualquer contato ou satisfação que busque sanar o problema. “Nós não temos autoridade para resolver essa situação, por isso vamos manifestar. Os Municípios, o Estado, o Ministério Público e o Judiciário deveriam ter maior interesse. Os prefeitos dessas cidades deveriam ser responsabilizados de alguma forma. Deve existir um controle”, reivindica. O ponto de partida e o roteiro da carreata serão decididos ainda esta semana.