Tenente-coronel da PM é preso por não cumprir medida protetiva

Juiz de plantão no Fórum decreta prisão preventiva contra PM (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Um tenente-coronel lotado na Ouvidoria Geral da Polícia Militar de Sergipe foi preso em flagrante por descumprir medida protetiva aplicada pelo Poder Judiciário, por violência doméstica. O tenente-coronel é acusado de tentar entrar na residência da ex-esposa, onde estavam a ex-sogra e a ex-cunhada. Ele foi impedido de entrar no imóvel e as mulheres teriam gritado por socorro. A medida protetiva impede que o acusado por violência doméstica se aproxime da vítima ou do local onde ela reside.

O episódio aconteceu na noite do sábado, 14, no conjunto Marcos Freire, no município de Nossa Senhora do Socorro. No final da manhã do domingo, 15, ele foi ouvido em audiência de custódia. O juiz plantonista no Fórum Gumersindo Bessa expediu mandado de prisão preventiva e o tenente-coronel permanece detido no Presídio Militar de Sergipe (Presmil). Em juízo, o policial militar disse que apenas teria ido buscar o filho.

O tenente-coronel recebeu voz de prisão da equipe da Guarda Municipal de Nossa Senhora do Socorro. De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Evilásio Protásio, a equipe que realizava o patrulhamento ostensivo passava na rua naquele momento e ouviu gritos de pessoas pedindo socorro. Os guardas municipais se aproximaram e foram informados que o tenente-coronel tentava entrar na casa.

Segundo o comandante, houve um clima tenso e o policial militar ainda tentou agredir os guardas, que o contiveram. No momento, segundo o comandante da Guarda, a equipe não sabia que se tratava de policial militar. Identificado posteriormente, o acusado foi encaminhado para o 5° Batalhão da Polícia Militar. O policial responde a processo judicial por violência doméstica contra a mulher e por crime contra a liberdade pessoal – ameaça, que tramita sob segredo de justiça na 1ª Vara Criminal de Nossa Senhora do Socorro.

A major Evangelina de Deus, chefe em exercício da PM4, o setor responsável pela comunicação social da Polícia Militar de Sergipe, informou que a corporação lamenta o episódio e que não houve registro de agressões. Ela disse que a corporação apenas cumpriu as determinações do Poder Judiciário e que se trata de questões relacionadas à vida particular do militar. Segundo a major, na corporação, o policial militar tem um excelente perfil profissional, sem mácula.

por Cassia Santana

 

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