A rebelião durou cerca de 25 minutos e foi contida pelo Choque, grupamento da Polícia Militar. Ainda não se sabe o motivo que levou os adolescentes em conflito com a lei a tentar uma rebelião. O diretor do Cenam, José Luiz Ferreira, disse que inicialmente os jovens estavam calmos e que não houve briga interna. “Não havia motivos para uma rebelião. Depois eu vou me reunir com eles para saber o que houve, qual o problema que está acontecendo”, complementou.

Atualmente existem 43 contidos no Cenam, sendo que aproximadamente 20 participaram da rebelião. “Os outros estão perto de sair e normalmente não querem se envolver nesse processo”, explicou Luiz. Familiares dos adolescentes estavam na frente do Centro esperando notícias.

“Ninguém falou nada ainda pra gente. Agora nós vamos ter que passar um mês sem ver nossos filhos por causa de uma cela que quis fugir. Meu filho diz que não participa disso. Ele fala que só sai com o alvará”, desabafou Maria Gicelma Barbosa, doméstica,  mãe de um adolescente de 18 anos.

Medidas

Familiares esperam notícias dos contidos na porta do Cenam

José Luiz Ferreira assumiu a direção da unidade há 15 dias, e fala que tem uma nova concepção para o tratamento dos adolescentes em conflito com a lei. “Estamos tentando suprir todo o tempo que eles tinham vago com aulas, palestras e educação de ensino fundamental e médio. A idéia é que eles saiam daqui com alguma atividade profissional, para que não acabem novamente indo de encontro à lei”, disse Luiz.