Termina hoje congresso de Medicina Tropical

Termina neste momento, em Aracaju, o maior encontro científico de Sergipe. O XL Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que acontece no Centro de Convenções, teve como tema central “Endemias: sob o olhar dos Sertões”. A programação do evento incluiu conferências, cursos pré-congresso e mesas-redondas com os 280 maiores especialistas em Medicina Tropical do Brasil e exterior. Foram expostos 860 trabalhos científicos da Líbia, do Brasil, do Peru, de Cuba e do Paraguai, além de discussões sobre doenças como dengue, febre amarela, leptospirose, leishmanioses, esquistossomoses, doença de Chagas, malária, tuberculose, parasitoses e hanseníase. A InfoNet montou, durante os cinco dias do evento, um stand para que os congressistas pudessem ter acesso à internet durante os intervalos. A Destaque Assessoria foi a empresa responsável por toda a divulgação do evento. O lançamento da rede de pesquisa TropiNet, os avanços em diagnóstico, tratamento, estatísticas sobre inúmeras doenças foram alguns dos resultados do XL Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Mais de dois mil pesquisadores, professores, médicos, estudantes e profissionais da área de saúde participaram do evento. A Aids foi um dos temas amplamente discutidos. A experiência da Associação de Apoio às Crianças com HIV, de Manaus, foi trazida pela pediatra Solange Dourado. Conforme explicou, a previsão é de que até o ano de 2010 cerca de 201 mil crianças ficarão órfãs de mãe, pai ou os dois, que morrerão de Aids. No mundo, serão 25 milhões, sendo 95% dos casos na África. Atualmente, em todo mundo, cerca de 42 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da Aids, segundo o pesquisador Warren Johnson Jr., dos Estados Unidos. Ele afirmou que a previsão é de que até o próximo ano cresça em 25% a quantidade de infectados pelo HIV em todo o mundo. A doença de Chagas foi tema da primeira conferência do congresso, proferida na noite de abertura pelo pesquisador Aluísio Prata, e também em mesas-redondas. Prata lembrou que a doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde – OMS – como a quarta mais importante na América Latina, só perdendo para as diarréias, doenças respiratórias e Aids. O médico carioca José Rodrigues Coura apresentou sua experiência de 14 anos na Amazônia estudando a doença e acrescentou que a enfermidade hoje é re-emergente na região. João Carlos Pinto, de Minas Gerais, lembrou que foi exatamente há cem anos que Carlos Chagas começou a fazer pesquisas de campo. A doença foi descoberta por ele historicamente em 1909, mas já existia há mais de nove mil anos. REDE VIRTUAL – Uma das grandes novidades apresentadas no congresso foi o lançamento da TropiNet, uma rede virtual que permite a pesquisadores brasileiros o acesso aos cientistas do Instituto Novartis de Pesquisa em Doenças Tropicais – NITD -, em Cingapura. Inicialmente, a TropiNet envolverá cientistas que atuam no desenvolvimento de pesquisas, vacinas e medicamentos para a prevenção e cura da dengue e, a médio e longo prazos, também aqueles que realizam estudos relacionados à tuberculose. O diretor de Relações Externas do laboratório Novartis, Sálvio Di Girólamo, diz que a rede será um verdadeiro laboratório virtual. TEMA – “Endemias: sob o olhar dos sertões” foi o tema do congresso, segundo a organização, uma forma de homenagear a mais famosa obra de Euclides da Cunha, Os Sertões, livro publicado em 1902. Quem compareceu ao pavilhão do Centro de Convenções pôde conferir a exposição “Sertão – Ser tão misterioso”, sobre Canudos e a obra de Euclides da Cunha. Com material cedido pelo professor José Paulino da Silva, que pesquisa a Guerra de Canudos desde de 1983, a exposição reuniu livros, telas, esculturas e filmes que ilustram tanto o conflito como os aspectos humanos e geográficos do sertão nordestino. Também estiveram expostos oito quadros e um painel da artista plástica e mestre em Educação Walburga Arns da Silva.

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