Tiroteio no parque: sargento nega aulas particulares

Corregedoria lavra flagrante homologado na Justiça Militar (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O sargento Edmilson Feitosa, que saiu ferido em tiroteio ocorrido entre ele e os próprios colegas de corporação, considerou como um grande equívoco o episódio registrado no domingo, 30, no Parque da Cidade. Ele revelou que teria confundido os policiais militares com homens suspeitos que tinham sido abordados por ele anteriormente naquela mesma área e nega que estaria, naquele momento, ministrando aulas particulares de tiro para alunas da Academia de Polícia (Acadepol) aprovadas no concurso da polícia civil.

Em entrevista com o Portal Infonet, o sargento revela que as duas alunas aprovadas no concurso da polícia civil são amigas da esposa dele e que estariam no Parque da Cidade como turista. “Foi um equívoco muito grande de ambas as partes”, enalteceu o sargento, numa referência ao tiroteio. Ele observa que, de um lado, os policiais o consideraram bandido e ele, pelo outro lado, também acreditou que os colegas seriam exatamente os dois homens que estavam em comportamento suspeito e que ele, pessoalmente, tinha abordado anteriormente. O sargento revelou que, ao ouvir o barulho de homens se movimentando na mata, imaginou que os dois suspeitos teriam retornado ao local da abordagem para cometer alguma ação criminosa contra ele. “Não sou culpado, nem culpo os meus colegas pelo fato ocorrido e muito menos faço críticas a minha corporação que tanto amo”.

Apesar de não tecer críticas à corporação, o sargento não esconde o constrangimento por ter sido preso e autuado em flagrante por disparar contra uma guarnição da Polícia Militar. “Não liguei para a dor na perna [local onde foi atingido], mas o que mais me doeu foi o flagrante”, comentou. “Foi uma armada do cão, eu seria incapaz de atirar contra meus próprios colegas. Fiquei muito abalado com a prisão, nunca sequer fui prendido [sic] e agora flagranteado, mas tenho certeza que tudo será provado que foi um grande equívoco”, disse.

Prisão e liberdade

O sargento chegou a ser preso, mas foi liberado por decisão judicial que entendeu que a manutenção da prisão dele seria desnecessária. O flagrante foi homologado na 6ª Vara Criminal [Justiça Militar] e o inquérito policial militar está em andamento na Corregedoria Geral da PM. O advogado Luiz Fernando Almeida Ribera revelou que o sargento responde por crime de resistência e tentativa de homicídio. Ele vai acompanhar o desenrolar das investigações relativas ao IPM e tentará desqualificar a tipificação criminal contida no flagrante. “Começou o tiroteio dentro do nada, foi um grande mal entendido”, observa o advogado, considerando como fantasiosa a versão de que o sargento estaria ministrando aulas particulares de tiro ao alvo no parque.

Por Cássia Santana

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