TJ avalia recursos, mas concurso não deve ser anulado

Apesar de terem sido registrados 500 recursos questionando diversos aspectos do concurso realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, no último dia 14, as provas não devem ser anuladas. A informação foi dada pelo presidente da Comissão Examinadora de Recursos do Concurso, o juiz de direito Cristiano Macedo da Costa, que está analisando os processos protocolados até ontem, dia 18, prazo final para recebimento dos mesmos. Os componentes da Comissão se pronunciaram hoje, em entrevista coletiva concedida na sede do Tribunal de Justiça, após as denúncias de supostas irregularidades que envolveriam o certame. Entre as acusações, confirmadas pela Comissão, estaria a da existência de questões plagiadas de outros concursos realizados no país, a exemplo das provas aplicadas pela Ordem dos Advogados de São Paulo no ano passado. “Fomos informados que cerca de 20 questões, das 80 relacionadas à área de Direito, nas provas para Analista Judiciário, eram plágio de outra prova”, admitiu Evilásio Araújo, membro da comissão. Apesar de constatada a falha, a Comissão diz não ver neste fato motivos para se anular as provas. “Poderia se anulada se houvesse a constatação que os candidatos tinham conhecimento prévio, antes da realização das provas, que aquelas questões seriam aplicadas no exame. Infelizmente, algumas questões realmente foram plagiadas, mas infelizmente este é um fato relativamente comum”, argumentou o presidente da Comissão. Cristiano Costa também explicou que a Comissão do Tribunal de Justiça é responsável, apenas, pela análise dos recursos. A organização da infra-estrutura, bem como a contratação da Faculdade de Administração do Estado de São Paulo – responsável pela elaboração das questões das provas – foi da Fundação do Ministério Público de Alagoas. Questionado sobre as providências que o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe deve tomar com relação a Fundação que elaborou as provas, os membros da Comissão afirmaram que essa informação só pode ser dada pela presidência do TJ. Com relação a apreciação dos recursos, a Comissão afirma que pretende analisar todos ainda hoje e o resultado deve ser divulgado no início da próxima semana. Apesar da questão do plágio, segundo a Comissão, não se constituir ‘motivo sério que macule o concurso’, até agora a apreciação dos 100 primeiros recursos já rendeu a anulação de quatro questões: uma de matemática, uma de psicologia e duas de Direito.

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