TJ só deve se pronunciar sobre concurso na sexta-feira

A reunião que aconteceu na manhã de hoje entre o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe, Henri Clay Andrade, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, Pascoal Nabuco D´Ávila, não resultou em muita coisa. Segundo o Andrade, o presidente do TJ de Sergipe ouviu suas declarações – sobre as supostas irregularidades cometidas no Concurso Público realizado pela instituição no último dia 14 -, recebeu a documentação que lhe foi entregue, mas afirmou que só se pronuncia sobre o assunto na sexta-feira, dia 26, após a avaliação, pela Comissão de Examinadora do Concurso, de todas os recursos protocolados pelos candidatos na semana passada. “Tive a impressão de que ele quer examinar todo o material, ouvir todas as partes e só depois, em companhia do colegiado, tomar uma decisão sobre o assunto”, analisou o presidente da OAB durante a entrevista coletiva que concedeu esta tarde na sede do órgão. Andrade voltou a explicar que a Ordem se pronunciou sobre o assunto após ser procurada por alguns candidatos que participaram do concurso e que entregaram um dossiê denunciando irregularidades, como questões clonadas de provas aplicadas em outros concursos. “Nós pedimos providências enérgicas por parte da presidência do TJ para que não se macule a imagem do Poder Judiciário e garanta a lisura do concurso”, explicou Henri Clay. Sobre a nota publicada em todos jornais pela Fundação Escola Superior do Ministério Público de Alagoas, no final de semana, o presidente da OAB afirmou que se tratou de um fato lamentável. “Eles foram totalmente infelizes no texto que publicaram. È uma nota inconsistente que além de não ter expressividade e responsabilidade, demonstra que eles não têm uma assessoria capaz de construir argumentos para defender esse concurso”, diz. Além da seccional de Sergipe solicitar a anulação do concurso, a OAB nacional também se pronunciou sobre o mesmo e descreveu os fatos como “grande escândalo”. Segundo Henri Clay, a OAB de Sergipe não afirma que houve fraude. “Apontamos a existência de graves irregularidades que demandam medidas enérgicas”, afirma. Ele também informou que ainda existe a possibilidade de serem encontradas mais questões clonadas. E parece que isso já começou. O advogado Elber Batalha Filho, que deu entrada na última quinta-feira na única ação judicial contra o concurso, afirma que foram detectadas pelo menos cinco questões clonadas de outros concursos nas provas de nível médio. “È primordial o apoio da OAB no pedido de anulação de um concurso que levanta tanta suspeita”, alegou Batalha, que também prestou as provas para o concurso. Na conversa com o presidente da OAB, o desembargador Pascoal Nabuco afirmou que só após reunir-se com os demais desembargadores para discutir o assunto e analisar os documentos, é que ele deve homologar, ou não, o concurso. “Gostaríamos que essa decisão saísse o mais rápido possível, antes do dia 26, data estipulada, inclusive, para sair a lista de aprovados. Mas como o concurso só terá validade se for homologado, vamos esperar para ver”, explicou o presidente da Ordem.

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