Torcedor relata abordagem policial constrangedora durante o Sergipão

A abordagem foi descrita como racista e constrangedora (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Um personal trainer denunciou ter sido abordado de forma constrangedora por policiais militares durante o jogo entre Sergipe e Confiança, no último sábado, 13, na Arena Batistão.

A abordagem policial aconteceu durante o intervalo do jogo, antes do início do segundo tempo. Os policiais foram até João Antônio, que é torcedor do Confiança e estava na arquibancada, e o levaram até uma sala para comprovar sua identidade. A abordagem ocorreu porque o sistema de reconhecimento facial apontou que ele tinha um mandado de prisão em aberto.

O irmão mais novo dele, de 16 anos de idade, estava acompanhado de João e ficou apavorado durante a situação. O personal trainer também relatou que se sentiu constrangido e humilhado.

PM

A PM informou que, após reconhecerem que não se tratava do suspeito, os policiais pediram desculpas e o homem foi liberado para assistir ao jogo.  Segundo a PM, a abordagem somente é realizada nos casos em que o sistema identifica mais de 90% de chances daquela pessoa ser um suspeito. E que o sistema não tem um resultado de 100% de precisão, mas que as abordagens são feitas a fim de localizar possíveis suspeitos. 

Repercussão do caso

Com a repercussão do caso nas redes sociais, a deputada Linda Brasil (Psol) descreveu o reconhecimento facial como “falho e racista”. A parlamentar repudiou a abordagem constrangedora feita durante a partida. “Toda solidariedade a João Antônio, torcedor do Confiança, que relata ter sido constrangido numa abordagem da PM/SE, após mais uma “falha” no reconhecimento facial, que já havia acontecido com uma mulher negra. É evidente o quanto a segurança pública precisa investir em inteligência, mas trago mais uma vez a discussão do racismo que envolve a programação e controle dessa tecnologia de reconhecimento facial, que foi criada através de um algoritmo carregado de racismo estrutural, que acaba dando margens para que “falhas” como essa aconteçam sobretudo contra a população negra da periferia”, disse a deputada.

 

Por Carol Mundim e Verlane Estácio 

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