Vinte e três trabalhadoras rurais participam na próxima terça e quarta-feira, 21 e 22, no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, da Marcha das Margaridas: 2007 Razões para Marchar. A Marcha das Margaridas é considerada um importante marco político na trajetória de luta do movimento sindical e organizações de mulheres na zona rural. Além de incentivar o crescente amadurecimento político da organização das mulheres trabalhadoras rurais no Brasil, a marcha também fortalece a luta por um desenvolvimento sustentável, justo e solidário no campo e na cidade.
A agricultora Maria Gizélia Ferreira, conselheira do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC) e coordenadora do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nodeste, destaca a importância da mobilização. “A gente espera que a Marcha ajude a melhorar o movimento sindical da trabalhadora nos municípios de Sergipe e do Brasil. Assim, o direito de cada trabalhadora é respeitado”, diz.
O evento já faz parte da agenda permanente do sindicalismo rural brasileiro e do movimento de mulheres. Realizada de três em três anos, a ação é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), pelas Federações Estaduais dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag”s), pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com outros movimentos sociais.
Nesta atual edição, a mobilização tem como objetivos políticos superar a desigualdade entre mulheres e homens no campo; fortalecer a organização das mulheres no campo; mobilizar as mulheres a partir de temas do cotidiano envolvendo a questão da terra, da água e da agroecologia; valorização do meio ambiente; soberania e segurança alimentar; trabalho, renda e economia solidária; garantia de emprego e condições de trabalho das assalariadas; saúde pública, direitos previdenciários e educação do campo.