Trabalhadores cruzam os braços na Embrapa

Servidores ofereceram um café da manhã (Fotos: Portal Infonet)

Funcionários da Embrapa Tabuleiros Costeiros paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 20. O movimento acontece em todo o país até a próxima quarta-feira, 22. Em Sergipe, os trabalhadores participaram de um café da manhã na entrada da empresa. A paralisação tem por finalidade reivindicar ajuste salarial de acordo com o índice do IPCA (6,5%) mais ganhos reais, melhores condições de trabalho, isonomia de benefícios e correção da tabela salarial.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf/SE), Francisco Elias Ribeiro, informou que a Embrapa oferece apenas reajuste inflacionário que não condiz com a realidade brasileira e que está aquém dos aumentos de preços praticados.

“Foram realizadas 11 rodadas de negociação, mas sem qualquer avanço e com isso, o movimento paredista decidiu pela paralisação em todo o país, até porque a empresa acena apenas pelos 6.51% que o IPCA do IBGE e nós sabemos que existem condições de conceder reajuste com ganho real”, destaca Francisco Elias Ribeiro.

Francisco Elias: "Foram 11 rodadas de negociações"

Ele disse que os cerca de 8.500 empregados da Embrapa no país [são 240 em Sergipe], pretendem voltar a cruzar os braços no próximo dia 28 de julho, nos dias 5 e 6 de julho e nos dias 12, 13 e 14 de julho. “No dia 18 de julho a greve deverá ser deflagrada por tempo indeterminado, caso não haja avanços nas negociações”, alerta.

O sindicalista lembrou que o momento é propício para o atendimento das reivindicações, pois a arrecadação bateu recorde no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2010 e o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário apresentou crescimento de 7% no mesmo período.

“Isso quer dizer que as contas públicas estão bem e os serviços e tecnologias gerados pelos trabalhadores da pesquisa e desenvolvimento também vivem um bom momento”, enfatiza Francisco Elias acrescentando que o PIB agropecuário teve crescimento líquido de 6,5% no ano passado e a Embrapa apresentou um lucro social líquido de R$ 18 bilhões.

Por Aldaci de Souza