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Ato aconteceu na porta da empresa (Foto: Arquivo Infonet) |
Os funcionários da empresa de Call Center AlmavivA podem realizar uma nova manifestação, segundo informações da funcionária Adriana Nascimento dos Santos.
O primeiro ato ocorreu no dia 8, quando os trabalhadores alegaram que seus direitos estavam sendo desrespeitados e denunciaram abuso moral e perseguições por parte da empresa.
De acordo com Adriana Nascimento, que foi demitida da empresa em setembro, os abusos continuam. “Depois da manifestação, a pressão aumentou. Segundo os colegas, agora os gestores estão até colocando senha nos computadores para controlar a entrada e saída, assim como a carga horária dos funcionários. Eles estão apertando de todos os lados e afirmam que o ato não teve legitimidade porque não teve a presença do Sintel”, informa.
Ainda segundo Adriana Nascimento, diversos funcionários já acionaram o Ministério Público do Trabalho (MPT) e denunciaram os abusos cometidos pela empresa. “Eu fui uma delas que colocou na justiça porque eu tive problemas auditivos e a médica me afastou pelo INSS por dois meses. Quando voltei, a médica pediu para me tirarem do atendimento e me colocarem na administração. Passei duas semanas ainda, até que fui pedir ajuda ao meu instrutor e ele pediu a coordenadora que resolvesse o problema. Não tive treinamento e em setembro fui demitida”, relata ao acrescentar que a audiência com a empresa já está marcada para o início de novembro.
MPT
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação do MPT, que por meio de nota, informou que no órgão, existem várias investigações em face da AlmavivA, relatando, dentre outras questões, descumprimento das normas que tratam da limitação da jornada de trabalho, abusos cometidos pelos superiores hierárquicos, e outras questões relacionadas ao pagamento da remuneração.
A atuação do MPT em face da Almaviva é uma atuação nacional, considerando que a empresa tem estabelecimentos em outros Estados. Em Sergipe, já houve realização de inspeção na empresa e colheita de provas, dentre as quais inúmeros documentos.
Há um vasto material juntado aos inquéritos, sendo que o MPT prestará informações a sociedade em breve, no momento da conclusão desses inquéritos, e adotará outras medidas judiciais cabíveis.
AlmavivA
Em nota encaminhada ao Portal Infonet, a assessoria de comunicação da AlmavivA, em São Paulo fez os seus esclarecimentos. "A AlmavivA do Brasil esclarece que valoriza a integridade e bem-estar de seus colaboradores e segue estritamente a legislação trabalhista. A empresa reforça que não admite comportamentos tidos como impróprios dos gestores e mantém o diálogo aberto e contínuo com seus colaboradores. A empresa ainda oferece a seus profissionais um canal de ouvidoria interna e permanente, com garantia de sigilo e confidencialidade, para registrarem críticas, elogios e sugestões em relação a procedimentos internos e atitudes inadequadas".
Por Aisla Vasconcelos
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