Trabalhadores da construção civil fecham vias em ato

Ato teve início na Fausto Cardoso (Fotos: Portal Infonet)

Trabalhadores da construção civil se concentraram na praça Fausto Cardoso na manhã desta segunda-feira, 13. A partir de hoje a categoria entra em greve por tempo indeterminado até que segundo eles, a classe patronal abra um diálogo quanto às reivindicações da categoria.

Os trabalhadores pedem 15% de reajuste salarial, auxílio cesta básica no valor de R$ 150 reais e plano de saúde. Todos os canteiros de obras estão paralisados, e de acordo com o Sintracon, trabalhadores de alguns municípios sergipanos também estão aderindo a paralisação.

O que seria um ato pacífico se tornou uma confusão após os trabalhadores terem sido impedidos de utilizar o som de um trio elétrico para fazer a manifestação. Por conta disso, os manifestantes fecharam as vias que dão acesso à Assembleia Legislativa irritando motoristas, estudantes e trabalhadores.

Categoria pede R$ 15% do reajuste

De acordo com o vice-presidente da Força Sindical, Alexandre Delmondes, esse é apenas um dos atos da categoria. “Chegamos aqui para mostrar a força do trabalhador e mostrar a classe patronal que chega de desmando na construção civil e de vidas ceifadas por falta de segurança. Temos brigado para negociar, mas a classe patronal tem afirmado em dizer não aos trabalhadores", afirma.

Segundo o assessor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintracon) Agilson Leite, existem atualmente cerca de 28 mil trabalhadores da construção civil em todo o estado e boa parte deles estão aderindo ao movimento.

“Os trabalhadores não aceitaram o reajuste dos patrões que foi apenas de 5,84%, eles retroagiram e também não aceitaram oferecer uma cesta básica como benefício ao trabalhador. Em função disso toda a categoria paralisou após uma reunião na assembleia dos trabalhadores, até que os patrões cheguem para negociar de forma digna com os trabalhadores. Sergipe tem um dos imóveis mais caro do Brasil e um salário mais baixo para o trabalhador. O argumento da classe patronal é de que não há condições de dar esse reajuste”, afirma.

Sinduscon

A categoria fechou a avenida Ivo do Prado

A equipe do Portal infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/SE) que ficou de encaminhar um comunicado a imprensa.

"Comunicamos que o SINDUSCON-SE nos últimos cinco anos tem sido sensível e justo quanto às reivindicações dos trabalhadores, tendo neste período, concedido um aumento de 65,89% para os profissionais, o que representa um ganho real de 34,01% sobre a inflação oficial. As negociações coletivas com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção do Estado de Sergipe iniciaram em janeiro, e tendo analisado as reivindicações, foram realizadas duas reuniões de mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e mais duas reuniões na sede do SINDUSCON-SE, cujas negociações evoluíram. Na terceira reunião agendada, os membros da Comissão de Negociação do SINDUSCON-SE foram surpreendidos com o retrocesso de tudo o que havia sido negociado em relação a percentual de aumento salarial e com uma atitude não condizente da comissão de negociação do SINTRACON, o que ensejou a solicitação, pelo SINDUSCON-SE, a retomada da intermediação do Ministério do Trabalho através de sua Superintendência Regional. Marcada reunião de mediação para o dia 10/05/2013, fomos novamente surpreendidos no dia 08/05/2013, por um ofício comunicando a declaração de greve geral a partir do dia 13/05/2013, antes mesmo de se tentar mais uma rodada de negociações.  Embora entendamos ser legítimo aos trabalhadores exercerem o seu direito de greve, o SINDUSCON considera esta atitude inoportuna".

 *A matéria foi alterada às 18h01 para acréscimo da nota da assessoria de comunicação do Sinduscon/SE

Por Aisla Vasconcelos

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