Trabalhadores do serviço público realizam ato unificado

Ato aconteceu no Palácio de Despacho (Fotos: Portal Infonet)

Centrais sindicais e diversas categorias realizaram um ato unificado na manhã desta quarta-feira, 2, na Porta do Palácio dos Despachos. A pauta unificada abrange o cumprimento dos acordos dos Planos de Cargos e Salários (PCCVs) e subsídios, reposição inflacionária e contra o parcelamento dos salários dos servidores.

Na oportunidade, os sindicatos irão protocolar um ofício pedindo resposta concreta do governo até 15 de setembro, caso ele não responda a mobilização continua com uma perspectiva de paralisar nos dias 22, 23 e 24 de setembro.

De acordo com o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedrosa, o movimento é de chamar atenção do governo para as revindicações da categoria. “O ato é para pressionar o governo, porque não é aceitável o governo manter a insensibilidade e intransigência. São acordos firmados desde o ano passado, não cumpridos. Nos últimos três anos, o governo só repôs 12 meses. De 2012 para cá ele só repôs a inflação em 2014, então deve aos servidores a reposição salarial de 24 meses e a gente espera que o governo apresente proposta e soluções para essas questões, senão a mobilização continua com perspectiva inclusive de paralisação unificada ainda este mês”, informa.

Paulo Pedrosa diz que governo deve reposição salarial á categoria

Segundo o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Silva, está havendo uma desvalorização dos servidores do estado. “A gente hoje vive um cenário no estado claro do governo da desvalorização dos servidores que estão há três anos sem aumento salarial. O governo não sinaliza com qualquer perspectiva de valorização. Foi preciso unificar sim os servidores porque eles não podem ficar sem a valorização porque tem uma inflação corroendo o salário dos servidores e o governo demonstrando que não quer adotar qualquer medida de valorização”, avalia.

Para o representante do Sindimed, José Menezes, os servidores já haviam confiado no governo. "Confiamos no primeiro momento no governo em julho de 2014 quando foi implantado o PCCV e que no momento não tinha sido pago porque estava no limite prudencial, mas percebemos que a situação se repete e a alternativa seria uma auditoria nas contas públicas do estado", conta

Governo

Segundo o secretário de comunicação do governo, Sales neto, o governo está limitado ao pagamento do PCCV devido a estar no limite prudencial da lei de Responsabilidade Fiscal. Acrescenta que a lei do PCCV que o rege diz que o Governo só pode implementar o plano ao se desenquadrar do limite.

“Atualmente o governo está em 47,9% do limite e precisa baixar para 46,55%. Será preciso ver se no próximo quadrimestre o governo poderá sair do limite”, informa.

Ato unificado

Quanto a reposição salarial, Sales Neto esclarece que o governo não tem recursos para fazer a reposição e acrescenta que algumas categorias pediram para o governo não conceder o reajuste linear, pois se adotasse essa medida, o governo ficaria mais longe de se desenquadrar do limite prudencial.

Por Aisla Vasconcelos

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