Tragédia na BR: polícia não conclui investigação

Explosões ocorrem após a colisão (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A polícia civil ainda não concluiu o inquérito que investiga o acidente envolvendo uma carreta bi-trem e outros veículos, tragédia ocorrida no dia 11 de março deste ano na BR 101, deixando um saldo de três pessoas mortas [entre elas uma criança]. Na colisão, um trecho da pista estava interditado em decorrência de um ato de protesto organizado pelo Movimento Sem Terra (MST) e, com o impacto das colisões, houve explosões.

As investigações estão sendo conduzidas pela delegada Lara Schuster, da Especializada de Delitos de Trânsito, que ainda aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML). Sem estes laudos, segundo a delegada, não há condições do inquérito ser concluído. A delegada ressalta que o prazo para conclusão do inquérito é estabelecido em 30 dias, mas há uma flexibilidade nestes prazos quando se trata de questões complexas.

A delegada Laura Schuster observa que este caso específico está no rol de grande complexidade e não há perspectivas ainda quanto à responsabilidade pela ocorrência. “Não sei se a gente vai poder identificar um culpado, são muitos envolvidos. O próprio laudo da Polícia Rodoviária Federal aponta como causa concorrente o desnível na pista, alta velocidade da carreta e o próprio MST, que tem 76 dirigentes em Sergipe. Como responsabilizar? É uma situação muito complexa”, disse a delegada. “E também faltou perícia que não foi possível fazer”, destacou Schuster.

Laudo da PRF

A Polícia Rodoviária Federal concluiu o laudo pericial desta ocorrência no mês de maio deste ano, cerca de dois meses depois da ocorrência. No relatório, contendo 150 páginas, a PRF indica que o bloqueio do trânsito decorrente da manifestação do MST teria sido a principal causa do acidente. A PRF também destaca a velocidade da carreta que colidiu com os outros veículos e ainda a pouca visibilidade do local em virtude da inclinação da via.

Este laudo já está anexado ao inquérito policial, faltando apenas os laudos do IML para que os próximos passos da polícia civil sejam iniciados e o inquérito finalizado.

Por Cássia Santana