Transporte clandestino é discutido em audiência na CMA

Impasse continua (Foto: Portal Infonet)

A atuação de taxistas na capital sergipana foi discutida nesta quarta-feira, 6, durante audiência pública na Câmara de Vereadores de Aracaju. Os taxistas legalizados pediram a não regulamentação dos táxis de placa cinza. Já os motoristas do transporte clandestino [que atuam de placa cinza] pediram a legalização da profissão.

O vice-presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintax), Gerson Pereira, foi enfático ao cobrar a não regulamentação dos taxistas de placa cinza. “O sindicato pediu a câmara essa audiência para que não seja legalizado o transporte de placa cinza até porque o número de táxis que existe em Aracaju já é suficiente. Temos 2.080 táxis legalizados, sendo que a lei diz que é 800 habitantes para cada táxi e se olhar, já tem táxis a mais. O taxista de placa cinza está degolando a sobrevivência do taxista regular”, afirma.

Já o vice-presidente da Coopetasbarra do Santa Maria, Sirilo Alves, nega que os taxistas de placa cinza sejam ilegais. “Funcionamos há mais de 19 anos no Santa Maria. Nosso motorista segue o mesmo ritmo de um permissionário e estamos dentro da legalidade. A população sempre nos procura. Porque não nos barraram antes? Hoje são cerca de 200 taxis só no Santa Maria”, afirma.

Sirilo Alves nega que os taxistas sejam ilegais

A audiência contou com a participação da promotora do consumidor Euza Missano que expôs a preocupação com o transporte oferecido à população. “O MP expôs que já foram ajuizadas ações pedindo uma maior fiscalização aos clandestinos, para que haja uma qualificação do transporte e a população seja beneficiada. O objetivo é que a SMTT encaminhe ao MPE os autos de apreensão para que sejam adotadas as medidas cabíveis”, diz.

De acordo com o superintendente da SMTT, Nelson Felipe, o impasse somente poderá ser resolvido pelos vereadores. "Quem pode resolver isso é a Câmara de Vereadores. São os vereadores que podem alterar a lei que já existe. A presença do Ministério Público Estadual foi super importante para tentar intermediar esse impasse", acredita o superintendente.

Por Aisla Vasconcelos