Três pessoas são indiciadas pelo desabamento de marquise

Três pessoas foram responsabilizadas pelo caso da marquise (Foto: Arquivo Infonet)
O inquérito que investiga o caso do desabamento da marquise de uma loja no centro de Aracaju em 26 de julho foi concluído nesta semana. Segundo o delegado Valter Simas Sarmento, em entrevista nesta quinta-feira, 29, três pessoas foram indiciadas por provocarem o desabamento culposo ocasionando morte e lesão corporal.

O proprietário da SS Engenharia, que executava a obra, Sérgio Antônio, o engenheiro civil, Sidney Simas dos Santos, e a engenheira civil contratada pela loja Esplanada, Mirela de Castro Aciolly Fontenele foram considerados culpados pela tragédia. O delegado conta que a SS Engenharia, através de Sérgio e Sydnei, seguiu o projeto elaborado pela engenheira Mirela, que estava no Estado do Ceará.

O inquérito registrou que Mirela fez o projeto de reforma da loja sem comparecer ao estabelecimento, enviando emissários para avaliar o espaço. “Todos esses envolvidos não atentaram para o letreiro, ou marquise metálica na loja, não sendo explicitado no projeto da engenheira. Ela nem sequer compareceu a Aracaju”, explica Simas.

Desabamento

Delegado Simas aponta iregularidades no projeto e nas obras da loja (Foto: Portal Infonet)
O delegado esclarece que os três indiciados foram negligentes em relação a todo o processo de elaboração do projeto e da execução das obras. Ele relata que o Sidney foi contratado pela SS Engenharia cerca de três meses antes do início das obras. O engenheiro executava os trabalhos com a ordem de Sérgio.

“O grande problema se deu quando não houve uma efetiva vistoria por parte dos engenheiros com relação à presença dessa marquise, e posteriormente numa explosão de uma laje interna, resultando no desabamento dessa marquise, guiada através do projeto da engenheira Mirela”, aponta o delegado.

Segundo as investigações, o procedimento adequado seria, primeiramente, a retirada da marquise, para logo em seguida realizar a explosão da laje interna. “Nos depoimentos Sérgio aponta irregularidades nas propostas do engenheiro Sidney. Mas todos os detalhes deveriam estar presentes no projeto da engenheira Mirela. Ela diz que o projeto foi feito através de uma elaboração arquitetônica”, esclarece Simas.

Medidas

Após três meses de investigação, resultando em mais de 300 páginas de inquérito, o caso será encaminhado ao Ministério Público. “Eles decidirão se realmente haverá a prisão dos indiciados”, afirma Simas.

Durante as investigações foram ouvidos representantes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Emsurb, das lojas Esplanada Brasil, de uma equipe da construção civil da S.S Engenharia, além do presidente do Crea-SE, José Silveira.

Por Victor Hugo e Kátia Susanna

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